"Violência contra mulher envergonha esse Estado", ressalta Emília

por Andrea Lima, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 09/05/2018 15h30, última modificação 09/05/2018 15h37
"Violência contra mulher envergonha esse Estado", ressalta Emília

Foto: Gilton Rosas

Indignada, a vereadora Emília Corrêa (Patriota) chamou a atenção dos vereadores no Plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para os casos mais recentes de violência sofridos por mulheres em Sergipe. 

O primeiro caso citado pela parlamentar foi o da senhora Edilma Maria, diagnosticada com câncer com metástase, que segundo relato, foi humilhada pelo secretário de Estado, José Almeida Lima, na presença de servidores do Centro Administrativo senador Gilvan Rocha, pelo fato de ter cobrado, na imprensa, o resultado de exames. “Essa senhora não buscava nada além do seu direito. E, ao invés de ser acolhida, foi constrangida por uma autoridade que deveria proteger e preservar. Essa crueldade revela o caráter de uma pessoa. Ainda mais com uma mulher em situação de vulnerabilidade por causa da doença e que está lutando pela vida. E o senhor secretário ainda tentou desqualificar a denúncia, colocando em dúvida a situação. Essa é a conduta de alguns políticos. Tentar enganar o povo com aquilo que é indefensável. Isso é um absurdo”, disse. 

Outro caso citado foi de Lagarto, cidade do centro sul sergipano, onde uma mulher foi brutalmente assassinada a golpes de faca e tiros. Informações apresentadas na CMA dão conta de que, em 2017, 64 mulheres tiveram morte violenta. Nos primeiros cinco meses deste ano, 19 mulheres foram assassinadas. “Quando matam uma mulher é com requinte de ódio, violência extrema. Isso revela o sentimento de posse do agressor, mulher como uma coisa, uma propriedade. Isso é inadmissível”, confessou. 

Por fim a vereadora lamentou a subnotificação da violência contra a mulher. “Esses são apenas dois, dos vários casos que acontecem todos os dias no Estado de Sergipe. Quantas mulheres passam pelos constrangimento e humilhação na luta por seu direito à saúde? Quantas são agredidas pelos companheiros ou até mesmo filhos? Quantas passam pelos abusos da violência psicológica e sofrem caladas? Precisamos de mais justiça, de acolhimento, de respeito. Fica aqui a minha solidariedade e o desejo de mudança”, finalizou.