Vereador Pastor Diego defende a coexistência pacífica dos diversos modais de transporte
Uma batalha silenciosa se desenrola entre as forças que defendem a introdução do transporte complementar urbano e aqueles que temem que isso possa minar o sistema de transporte coletivo. O cerne dessa questão é o Projeto de Emenda à Lei Orgânica, de autoria do vereador Pastor Diego (PP), que visa conceder, permitir ou autorizar serviços de transporte complementar urbano.
A questão tem despertado o interesse de diversas entidades do setor e diante da profundidade do tema, o parlamentar ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta quinta-feira, 26, a fim de fazer alguns esclarecimentos. “Estão misturando as coisas, confundindo causa trabalhista com a nossa proposta de incluir o transporte complementar como modal de mobilidade urbana”, destacou.
Em frente à Casa Parlamentar houve uma manifestação por parte dos funcionários do transporte coletivo, que reivindicaram melhorias e reconhecimento de suas condições de trabalho. Eles defendem que o setor deveria ser o epicentro das preocupações e alegam que a licitação do transporte público deve ter prioridade no debate.
Para Diego, ambos os sistemas podem coexistir e colaborar para melhorar a mobilidade urbana da cidade e enfatiza que são pautas distintas. “Eu penso que nós precisamos fazer uma distinção, olhar para o transporte coletivo e dizer que deve ser assistido, ter incentivo, aporte financeiro e defender que haja a licitação. Mas fazer uma confusão e dizer que um está prejudicando o outro eu não consigo entender”, opinou.
O vereador enfatiza seu apoio à luta dos funcionários do transporte coletivo e sua crença na importância de valorizar esses profissionais. No entanto, ele também destaca a necessidade de reconhecimento do transporte complementar como uma modalidade legítima de mobilidade urbana, libertando os trabalhadores dessa área do estigma da clandestinidade. “Eu penso que o transporte complementar já existe há mais de 20 anos e nós não podemos ter como desculpa que todos os problemas do transporte público de Aracaju é culpa deles”, endossou.
Diante do exposto, o Pastor Diego reitera que todas as partes interessadas e os legisladores busquem uma solução que equilibre as necessidades de todos os envolvidos. “A mobilidade urbana é uma preocupação que afeta a todos os cidadãos, e é fundamental que as decisões tomadas levem em consideração o bem-estar da população e a melhoria efetiva do transporte na cidade”, finalizou.