Vereador Pastor Diego critica gestão federal e clama por conduta humanitária

Durante a sessão da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) desta quarta-feira, 15, o vereador Pastor Diego (União) não poupou críticas à gestão federal em meio à tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. Em seu pronunciamento, o parlamentar enfatizou a falta de ações efetivas por parte do governo liderado pelo presidente Lula (PT), alertando sobre a possibilidade de estar usando a situação para fins políticos. 

Ao citar os dados oficiais que apontam para mais de 446 cidades gaúchas afetadas - com um saldo de 148 mortes, 124 desaparecidos e 540 mil pessoas desalojadas - o vereador questionou a ausência do Decreto de Estado de Defesa para lidar de forma mais eficaz com a crise. Ele expressou perplexidade diante do cenário de violência e criminalidade que tem assolado os abrigos, clamando por medidas emergenciais concretas por parte do governo federal. 

“Está ocorrendo o congelamento da dívida com a União durante três anos, é uma medida administrativa que será corrigida com juros após o prazo. Mas, e o compromisso com a vida? Diariamente os noticiários são estampados com denúncias e flagras de violência, estrupo nos abrigos e diversas outras situações que colocam as vítimas dessa catástrofe em risco. E nada de efetivo tem sido feito para preservar essas pessoas”, ressaltou o pastor. 

A nomeação do ministro Paulo Pimenta para coordenar a reconstrução do estado foi duramente criticada pelo vereador. Pastor Diego alertou para o risco de politização da reconstrução, destacando a mobilização da iniciativa privada em contraste com a morosidade do setor público. “Ele é pré-candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul em 2026 e vão colocá-lo para cuidar dessa região tão devastada. Ou seja, fazendo apenas política em cima da miséria e da catástrofe do povo. É oportunismo político em meio à desgraça alheia”, alertou. 

Em contraponto às falhas governamentais, o parlamentar prestou homenagem à solidariedade da sociedade civil, reconhecendo o papel fundamental da iniciativa privada e de cidadãos engajados no apoio às vítimas. "Os empresários e todos os cidadãos de bem têm sido verdadeiros heróis nesse momento de crise, demonstrando um cuidado humanitário exemplar", concluiu Pastor Diego.