Vereador Camilo Lula debate Soberania Alimentar na UFS

por Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 26/08/2019 11h53, última modificação 26/08/2019 11h53
Vereador Camilo Lula debate Soberania Alimentar na UFS

Foto: Assessoria do parlamentar

“É fundamental que se discuta a agroecologia nesse momento que a nossa floresta pega fogo”, foi assim que o vereador Camilo Lula (PT) iniciou a sua fala durante a mesa redonda sobre Soberania Alimentar organizada pelo vereador na tarde desta sexta-feira, 23, o vereador se refere ao aumento de mais de 400% nas queimadas na Floresta Amazônica que está sendo motivo de escândalo no planeta inteiro. O debate iniciou às 15h e teve a ampla participação da comunidade acadêmica e de membros da sociedade civil. 

Soberania alimentar é o direito dos povos definirem suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam o direito à alimentação para toda a população. Tendo como base a pequena e média produção, de origem agroecológica, respeitando suas próprias culturas e a diversidade dos modos camponeses, pesqueiros e indígenas de produção agropecuária, de comercialização e gestão dos espaços rurais, nos quais a mulher desempenha um papel fundamental. 

A mesa de debates foi composta pelas professoras Tereza Sena, dirigente do Fórum Sergipano de Combate aos Impactos dos Venenos Agrícolas e Transgênicos, pela professora Gláucia Barreto, do departamento de Agronomia e dirigente da Rede Nacional de Agroecologia, por Williany Isis Santos, membro do Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional de Sergipe e pelo vereador Camilo Lula. 

O vereador Camilo Lula falou sobre a importância do debate sobre a Soberania Alimentar ser trazido para a universidade. “Esse debate é fundamental e se torna ainda mais importante neste momento que a maior floresta do mundo arde em chamas. Quando falamos em soberania alimentar, em agroecologia, nós estamos falando de cultura, de saúde, de educação, por isso nós defendemos o amplo debates sobre essas questões em todos os lugares que pudermos alcançar, pois estamos falando de proteção a cultura, a educação e a saúde das pessoas”, destaca. 

Presente na plateia, o geógrafo Herberty Ruan, mestrando em Geografia, concordou com o vereador afirmando que a discussão sobre a temática soberania alimentar é uma ação urgente. “Esse debate é uma ação urgente, sobretudo quando consideramos o atual cenário político de valorização das políticas neoliberalistas, do avanço do agronegócio e do domínio das grandes corporações alimentares internacionais, e marginalização de modelos alternativos de produção de alimentos, como a agroecologia. A resistência ao agronegócio deve transcender os muros da sociedade civil organizada, e a universidade tem o dever de se somar a essa luta, por meio da construção e difusão do conhecimento científico”, avalia o geógrafo. 

Em sua fala, Williany Santos parabenizou o vereador pela propositura do projeto de lei que visa assegurar que a merenda escolar na rede municipal de ensino de Aracaju, seja de origem agroecológica. “Eu parabenizo o vereador pela iniciativa fantástica, tão necessária e importante para as crianças e para a população em geral que é a propositura do projeto de lei que visa garantir que a merenda escolar tenha alimentos de origem agroecológica e isso vai trazer impactos positivos ambientais, sociais e econômicos e isso é muito necessário”, falou. 

Além das instituições da sociedade civil organizada como o Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional de Sergipe, da Rede Nacional de Agroecologia, do Fórum Sergipano de Combate aos Impactos dos Venenos Agrícolas e Transgênicos, participaram da Mesa o Centro Acadêmico de Livre de Letras Estrangeiras e alunos e professores de diversos cursos da Universidade Federal de Sergipe.