Tribuna Livre trata sobre a situação da PM-SE

por Viviane Cavalcante — publicado 09/04/2019 12h05, última modificação 09/04/2019 12h05
Tribuna Livre trata sobre a situação da PM-SE

Foto: César de Oliveira

O presidente da Associação dos Militares de Sergipe (Amese), Jorge Vieira, mais conhecido como Sargento Vieira ocupou a Tribuna Livra desta terça-feira, 9, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para falar sobre questões que envolvem a segurança pública do estado.

Focando na atual situação dos Policiais Militares e Bombeiros Militares do estado, Sargento Vieira passou um vídeo tratando sobre defasagem salarial, coletes a prova de bala vencidos, falta de efetivo e salários atrasados.

“As políticas públicas são desprezadas. Estamos vivendo um caos na segurança pública”, disse Vieira. De acordo com o presidente da Amese, o efetivo policial não está acompanhando o crescimento populacional. O presidente da Amese completou que a falta de interesse dos governantes de resolver essa situação aliados a ausência de investimentos em materiais básicos, dificultam ainda mais a resolução dos problemas.

Com relação ao déficit no efetivo policial, Sargento Vieira destacou que pessoas que passaram no último concurso da Polícia Militar (PM-SE) estão aptos e iria suprir essa necessidade. “O déficit do estado é de 1800 policiais, são mais de 1244 aptos para assumirem o cargo e o estado diz que não tem condições financeiras para chama-los”, relatou.

Também presente na Tribuna Livre, o Major Ildomário afirmou que quem compõe a Polícia Militar precisa ser mais valorizada. “Nós poderíamos produzir muito mais se tivéssemos com todas as condições de trabalho”, opinou.

Vereadores-

Após as explanações do presidente da Amese, os vereadores Américo de Deus (Rede), Cabo Amintas (PTB), Cabo Didi (sem partido), Jason Neto (PTB) e Emília Corrêa (Patriota) se pronunciaram sobre o assunto.

Américo falou da falta de estrutura e de condições de trabalho tanto da PM-SE quanto do Corpo de Bombeiros e ressaltou que a falta de efetivo é algo inadmissível. “O governador não chama as pessoas que passaram no concurso público porque o estado está quebrado”, frisou.

Conhecendo a realidade da Polícia de perto, Cabo Amintas e Cabo Didi lamentaram a situação atual da Polícia. “Diante de tudo isso, temos que falar que a culpa não é só do governador, é muitas vezes do comandante que não dão importância para a situação de quem está na rua almoçando com apenas R$ 8”, disse lamentando que a questão política sempre prevaleça. Já cabo Didi, lembrou que a falta de estrutura da corporação e condições básicas de trabalho também impede o bom andamento do trabalho da Polícia Militar.

Jason Neto ressaltou que conhece as necessidades dos policiais e que se solidariza com a situação.  Emília Corrêa falou está tudo fora de ordem e não podem admitir isso. “O estado tem pessoas preparadas para nada. Infelizmente, nós parlamentares da oposição temos muitas limitações, mas, estamos solidários com todos vocês”, finalizou.