Tribuna Livre recebe presidente do Sintese, que solicitou apoio aos professores da rede estadual
Foto: Gilton Rosas
Nesta terça-feira (29/10), durante a Tribuna Livre, a Câmara Municipal de Aracaju recebeu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), Roberto Silva.
Com o tema “Políticas públicas de valorização dos professores da rede estadual de ensino”, Roberto destacou: “Fazemos um pedido a esta Casa Legislativa pela aprovação de uma moção de apelo ao Governador Fábio Mitidieri, para que ele reabra as negociações com o Sintese, diante do impasse que temos enfrentado.”
Segundo Roberto, em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional o congelamento dos adicionais e gratificações para os servidores públicos do magistério. No entanto, em 2022, o ex-governador Belivaldo Chagas realizou o congelamento dessas gratificações. “Diante disso, elaboramos uma carta para todos os candidatos ao governo, solicitando o descongelamento dos direitos dos professores. Durante todo o ano de 2023, com Fábio Mitidieri como governador, foi proposto aos professores que, em 2024, o governo faria a discussão para descongelar nossos direitos, como o triênio, gratificação de coordenador e diretor de escola, gratificação de titulação e dedicação exclusiva, dentre outros", completou.
Após uma reunião com o governo em maio, foi informado que não haveria negociação com o Sintese. Dessa forma, os protestos foram iniciados. “Estamos solicitando aos vereadores de Aracaju que façam esse gesto de apoio aos professores, ao aprovar essa moção, de modo a sensibilizar o governador Fábio Mitidieri. O governo só nos diz que não tem proposta para apresentar ao Magistério, porém, é nosso direito. Tem que haver alguma forma de revisão desses direitos”, apontou Roberto.
O que disseram os vereadores?
O vereador Camilo Daniel (PT) reforçou que a Câmara de Aracaju é uma Casa independente, que discute assuntos sociais importantes. “Ter um governador que não dialoga é muito triste. Chegamos ao ponto de as Câmaras de vereadores terem que se manifestar. Apresentamos essa moção, com diálogo feito com o Sintese, e deixo à disposição dos vereadores que quiserem assinar”, completou.
A vereadora Sônia Meire (PSOL) reiterou a importância do Sindicato e do trabalho realizado nos municípios. “De vez em quando, alguns governadores tentam colocar a sociedade contra os professores. Essa é uma política perversa, já que, se não fosse pela luta dos professores e professoras, estaríamos em uma situação muito pior nesse país. A Câmara precisa se posicionar do lado certo da história, e por isso faço um apelo para que os vereadores assinem essa moção, na tentativa de mostrar ao governador que a nossa Casa está em defesa do magistério sergipano.”
O vereador Isac Silveira (União Brasil) declarou apoio ao sindicato: “Não houve ação do Sintese que afetasse o campo ético, vivemos em uma disputa de ideias que estão no campo da política. Queremos contribuir com a luta dos professores em Sergipe.”
A vereadora Sheila Galba (União Brasil) acrescentou: “Não consigo entender como a saúde e a educação sempre ficam em segundo plano. Tudo passa pela educação, e isso é essencial. Esse é um governo que não tem palavra, porque está descumprindo um acordo feito", finalizou a vereadora. O vereador Adriano Taxista (Podemos) também apoiou o sindicato, afirmando que essa atuação é fundamental.