Tribuna Livre debate problemas sobre desequilíbrio ecológico
Na manhã desta terça-feira, 12, aconteceu uma Tribuna Livre na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para falar sobre a ‘A invasão dos mangues de Aracaju pela Leucena (Leucaena leucocephala)’, que acarreta o processo de invasão e desequilíbrio ecológico para o ecossistema manguezal.
O secretário Municipal do Meio Ambiente, Augusto César Vieira, ocupou a tribuna para prestar esclarecimentos sobre os problemas que esta planta acarreta para os mangues de Aracaju. “A Leucena foi introduzida nos anos 40, mas devido ao vigor e capacidade de adaptação, a espécie acabou se proliferando de forma descontrolada e se tornando uma espécie invasora, competindo com a vegetação natural de diversos biomas e se tornando um grande problema”, explicou.
Augusto César Vieira também ressaltou que a Leucena é uma planta com proteína, altamente resistente e tem capacidade enorme de regeneração e reprodução. “Em alguns países a planta já se tornou uma praga e aqui em Aracaju está acontecendo situação semelhante. A espécie tem uma eficiente agressividade de dispersão e por conta das suas sementes ela se propaga facilmente. Em cidades que são capitais, a reprodução se torna algo agressivo demais. Então, essa árvore está se tornando uma praga em Aracaju e é preciso conscientizar a população e os vereadores para que ninguém plante mais essas árvores invasoras, que já está invadindo as áreas de proteção e preservação e também os manguezais. Essa planta está entre as 100 plantas mais invasoras do planeta”, frisou.
O secretário exibiu fotos de locais de Aracaju, principalmente na 13 de Julho e na Av. Beira Mar, que possui diversas Leucenas e também apresentou propostas de controle. “As propostas de controle são: erradicação dos focos existentes; controle mecânico e campanhas educativas de desestímulo ao plantio de Leucena em Aracaju”, finalizou o secretário.
Lucas Aribé (PSB) destacou importância do tema desta Tribuna Livre e afirmou que também é defensor desta causa. “É uma grande problemática que acontece em Aracaju e por isso busquei trazer esse tema para debater nesta Casa. Precisamos realizar o controle da proliferação dessa planta e eu tenho certeza que todos estão adquirindo um conhecimento novo, porque nem todos sabem que essa planta é tão agressiva para o meio ambiente. Fico feliz em ter intermediado a solicitação dessa tribuna”, ressaltou.
Zezinho do Bugio (PTB) parabenizou a fala do secretário e pediu a atenção da Secretaria do Meio Ambiente para a remoção de 32 árvores na região da Zona Norte, especificamente no Bugio. Segundo o parlamentar, foi feito um estudo técnico para a aprovação da remoção dessas árvores. Já Kitty Lima (Rede) destacou que também é uma preocupação sua defender esta causa. “Estou a disposição para ajudar nessa causa divulgando informações a respeito desta planta para a população”.
De acordo com Isac (PCdoB) é preciso defender o meio ambiente. O parlamentar questionou se a Sema poderia fazer parceria com outros municípios. “Minha proposta seria que essa planta pudesse ser plantada em outros municípios, num local apropriado para essa espécie. Seria uma forma de compensação, retiraria a planta em Aracaju e plantava em outro lugar”, sugeriu.
Américo de Deus (Rede) também frisou a receptividade do secretário ao receber os vereadores na Sema e questionou o secretário sobre outros impactos ambientais em Aracaju. “Percebo que na área do morro do Urubu uma parte foi devastada, afetando casas do bairro Coqueiral e os manguezais, que acabam tendo um impacto ambiental negativo”.
Iran Barbosa (PT) também aproveitou a oportunidade para fazer um agradecimento público e parabenizar o secretário do Meio Ambiente por sua atuação à frente da pasta. Já Fábio Meireles (PPS) questionou sobre o canal que margeia o Jardim Bahia, na Soledade.
Emília Côrrea (PEN) fez questionamentos para saber se existe algum projeto de arborização para Aracaju e Manuel Marcos (PSDB) parabenizou o secretário Augusto César e destacou que em homenagem ao nome de Aracaju, poderiam ser plantados mais cajueiros na cidade para substituir as Leucenas.