Sonia Meire destaca importância do transporte alternativo ser incluído na licitação do transporte
Na manhã desta terça-feira (22), centenas de motoristas do transporte alternativo, mais conhecidos como táxis-lotação, que fazem os trajetos entre a capital e a grande Aracaju (Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros), protestaram em frente à Assembleia Legislativa contra o veto do governador Fábio Mitidieri ao projeto de lei que regulamenta a profissão. A vereadora Professora Sonia Meire (PSOL) ressaltou a importância desses modais, que foram excluídos da licitação do transporte coletivo na região metropolitana.
“Os táxis-lotação da Grande Aracaju tinham autorização para operar através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e o Governo do Estado. Segundo os advogados da categoria, o TAC incluía uma cláusula que permitia a circulação dos veículos até a realização da licitação, quando ficariam proibidos caso não fossem incluídos. Foi o que aconteceu: a licitação deixou de fora os táxis e outros modais. Em Aracaju, Edvaldo ainda não regulamentou o táxi-lotação que faz a linha Santa Maria, e os demais regularizados correm o risco de parar de operar na capital. Isso tudo é o Estado agindo para garantir o lucro dos empresários do transporte”, afirmou Sonia Meire.
Os motoristas fecharam as duas vias da avenida Rio Branco, nas imediações da Assembleia. Após liberarem a via, continuaram em frente à casa parlamentar, cobrando uma posição dos deputados e do governador. De acordo com o governo, o projeto foi vetado por ser inconstitucional, já que não partiu do Executivo, mas sim do Legislativo. O governo também informou que uma reunião sobre o tema está agendada para o próximo dia 29. O projeto de lei sobre a regulamentação havia sido aprovado por unanimidade na Assembleia em julho, mas, com o veto do governador, os deputados recuaram e mantiveram o veto.
O motorista Kleverson Figueiredo destacou que, desde o ano passado, eles vêm à Assembleia para cobrar ações dos deputados e do governo. “Essa manifestação é um pedido de socorro, porque precisamos trabalhar, e com a licitação prevista para o primeiro de janeiro, podemos perder o direito de circular. Já pedimos diversas vezes que o governador nos receba. São centenas de pais e mães que dependem desse trabalho para sobreviver. Além disso, há uma população que utiliza nossos serviços há anos e também precisa do nosso transporte”, declarou o trabalhador.
A vereadora Sonia Meire destaca ainda que se solidariza com todas as trabalhadoras e trabalhadores do transporte alternativo, e que continuará cobrando que a licitação do transporte coletivo da região metropolitana inclua as outras formas de transporte, além de estar à disposição para lutar pelos direitos dessas mulheres e homens.