Sonia Meire denuncia situação de rodoviárias e rodoviários

por Manuella Miranda, Assessoria de Imprensa da Parlamentar — publicado 04/11/2024 17h11, última modificação 04/11/2024 17h20
Sonia Meire denuncia situação de rodoviárias e rodoviários

Foto: Hortência Chagas

A vereadora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna na Câmara Municipal de Aracaju para denunciar as condições enfrentadas por rodoviárias e rodoviários das empresas Progresso, Via Tropical, Paraíso, Modelo e Serrana. Trabalhadores dessas companhias estão sem receber seus direitos trabalhistas após serem demitidos, e aqueles que permanecerão até 2025 não têm garantia de emprego, já que essas empresas não venceram a licitação. A parlamentar participou, na manhã da terça-feira, 13 de agosto, de um ato organizado por eles em frente ao Ministério Público e ao Fórum Gumersindo Bessa.  

"São 177 trabalhadores demitidos em dezembro do ano passado que ainda não receberam seus direitos trabalhistas. Além disso, há trabalhadores que estão atuando há seis anos sem receber férias, outra grave violação. Também há pagamentos de rescisões pendentes em diversos processos judiciais, alguns com mais de seis, sete ou até onze anos, sem que os trabalhadores tenham recebido seus direitos. E agora surge um novo problema: aqueles que ainda estão empregados como rodoviários. Recebemos denúncias de que essas empresas, que deixarão de operar no próximo ano, estão colocando os trabalhadores sob um regime de diárias, sem contrato formal e sem a certeza do que irão receber. É a precarização da precarização", declarou Sonia Meire.  

Existem processos judiciais em curso para a recuperação judicial dessas empresas, e, se as companhias que não estarão mais operando em 2025 também entrarem com pedidos de recuperação judicial, os rodoviários poderão não receber seus direitos. Um dos processos judiciais determina que os recursos do Aracaju Card sejam bloqueados para pagamento dos trabalhadores. No entanto, como esses recursos são geridos por uma empresa terceirizada, que repassa apenas uma parte mínima para as empresas, o valor não é suficiente para quitar as dívidas trabalhistas.   

"O problema é gravíssimo, e ainda nem estou falando das consequências do processo licitatório para esses trabalhadores. Em nenhuma parte do processo se considera o que acontecerá com aqueles que trabalham nas empresas que não venceram. Este é um problema sério, e a Câmara de Aracaju precisa se posicionar para que se tome uma medida rápida que garanta os direitos desses trabalhadores antes que essas empresas deixem de operar no município. Precisamos de uma atuação firme junto ao poder judiciário e ao Ministério do Trabalho para fortalecer e garantir esses direitos", concluiu Sonia Meire.