Sonia Meire critica plano de demissão voluntária da Deso

por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa da Parlamentar — publicado 04/11/2024 17h11, última modificação 04/11/2024 17h20
Sonia Meire critica plano de demissão voluntária da Deso

Foto: Gilton Rosas

A vereadora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna durante o grande expediente na Câmara Municipal de Aracaju para criticar mais uma vez a privatização da DESO e o Plano de Demissão Voluntária (PDV) da Companhia de Saneamento. O anúncio do plano foi feito na última quarta-feira, dia 11, pelo presidente da empresa.

 
“O leilão ocorreu e 300 funcionários da ativa ou alguns que estavam aposentados que estão sendo convidados a assinarem o termo de demissão voluntária. O que ficou com a DESO foi a captação e o tratamento da água, e para captar e tratar, segundo eles, não vai precisar da quantidade de funcionários que ela tem, e atualmente ela conta com 1200 concursados. E dessas 1200 pessoas, 300 estão convidadas ao plano de demissão voluntária, que inicialmente deverá pagar 30 mil reais com mais as horas extras, e elas perderão seu vínculo direto com a DESO. Pessoas que têm as suas despesas, como imóveis financiados, e irão perder seus empregos”, disse Sonia Meire.
A notícia do PDV causou grande impacto nos trabalhadores da DESO, que se sentem ameaçados e inseguros quanto ao seu futuro profissional. O Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Sergipe (SINDISAN) criticou a falta de diálogo da empresa com os funcionários e com o sindicato, e prometeu entrar com uma ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para garantir os direitos dos trabalhadores. O SINDISAN destaca que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) não está sendo respeitado e que os trabalhadores estão sendo pressionados a aderir ao PDV. A concessão dos serviços da DESO à empresa Iguá Saneamento, prevista para meados de 2025, é vista como o principal motivo para as mudanças na companhia.
“Quero mais uma vez repudiar esse ato de privatização da DESO e as demissões voluntárias, que na verdade não são tão voluntárias assim , e me colocar ao lado dos trabalhadores pela água como um bem público. Se nós não conseguimos vencer o leilão, que possamos continuar lutando para que a água possa ser reestatizada. Esse é meu compromisso com a população sergipana e aracajuana”, concluiu a vereadora.