Soberania alimentar é tema de mesa redonda com a participação do vereador Camilo Lula

Hoje, 23, acontece a Mesa Redonda: Soberania Alimentar e Políticas Públicas no auditório de Geografia na Universidade Federal de Sergipe (UFS), às 15h. A programação faz parte do projeto Sextas Democráticas promovido pelo vereador Camilo Lula (PT). 

O evento contará com a participação das professoras, Glaucia Barreto do departamento de Agronomia da UFS e da professora Tereza Raquel Ribeiro, que é presidente do fórum estadual sobre agrotóxicos. Participarão ainda membros do Observatório de Segurança Alimentar e Nutricional de Sergipe e da Rede Sergipana de Agroecologia. 

O vereador Camilo Lula avalia que se trata de um evento muito importante neste cenário político de avanço das políticas neoliberais que só visam o aumento dos lucros e do capital e que não se preocupam com a saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores. “Nós estamos promovendo este evento, pois entendemos que um povo para ser livre, precisa ser soberano e essa soberania passa pela alimentação. A soberania alimentar é a via para se erradicar a fome e a desnutrição e garantir a segurança alimentar duradoura e sustentável para todos os povos”, afirma. 

Soberania alimentar e Agroecologia

Soberania alimentar é o direito dos povos definirem suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam o direito à alimentação para toda a população. Tendo como base a pequena e média produção, de origem agroecológica, respeitando suas próprias culturas e a diversidade dos modos camponeses, pesqueiros e indígenas de produção agropecuária, de comercialização e gestão dos espaços rurais, nos quais a mulher desempenha um papel fundamental. 

O vereador Camilo é um dos defensores da agroecologia e protocolou, na Câmara Municipal de Aracaju, um Projeto de Lei que que dispõe sobre a presença de alimentação orgânica na merenda escolar da rede municipal de ensino de Aracaju. Para o engenheiro agrônomo, Ivan Barreto, o projeto da merenda orgânica é fundamental não só para a saúde das crianças, mas também para a cadeia produtiva dos orgânicos. "Além da saúde, esse projeto é muito importante para a cadeia produtiva dos orgânicos. Estamos falando de uma área que é constantemente atacada e enfraquecida pelas grandes empresas, como a Bayer, que é responsável pela semente e pelo veneno. Então essa é uma iniciativa crucial para a economia produtiva dos orgânicos e para o fortalecimento das trabalhadoras e dos trabalhadores desta área", afirma o engenheiro.

Camilo explica ainda que “a segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.