Seu Marcos propõe Frente Parlamentar a favor dos feirantes

por Marta Costa, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 26/02/2019 16h27, última modificação 26/02/2019 16h27
Seu Marcos propõe Frente Parlamentar a favor dos feirantes

Foto: César de Oliveira

O vereador Seu Marcos (PHS) propôs na manhã desta terça-feira, 26, no Legislativo Municipal, a criação de uma Frente Parlamentar a favor da comercialização de produtos de origem animal e laticínios em feiras livres da capital.

No dia 25 de janeiro, os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP/SE), órgãos do município e do Estado responsáveis pela fiscalização dos produtos comercializados nestes espaços públicos decidiram, em reunião, pela proibição definitiva da atividade. Obrigando assim a Prefeitura de Aracaju (PMA) a fiscalizar e apreender todos os produtos que estejam sendo vendidos fora da nova determinação.

"Fui convidado a participar de uma reportagem da página Ascom Bugio, administrada por Alisson Santos. Ouvi dos feirantes do Bugio, país de famílias, que precisam vender para sobreviver e que o custo da refrigeração é alto demais, podendo ser repassado para o consumidor. Não sou contra os órgãos, mas sim da forma que está sendo implantada a resolução", explicou o vereador durante sua fala em plenário em defesa da criação da FP.

Ainda segundo o parlamentar, 12 de março é a data limite para a proibição da atividade. "O município está autorizado a apreender todo e qualquer produto que estiver sendo vendido de forma inadequada, ou seja, sem refrigeração. Dia 12 começa a fiscalização. Conversei com o presidente da Associação dos Camelôs e Feirantes de Aracaju ( ACFA), André Pinto e os trabalhadores querem um prazo maior. A Emsurb pediu 180 dias. Precisamos intermediar essa situação", disse.

Elogiado pelos colegas de parlamento diante de sua iniciativa, Seu Marcos falou do impacto econômico e social que a medida gera para toda a sociedade. “Entendo o desespero dos feirantes que estão vendo sua profissão ameaçada. Confesso que sempre comprei carne em feira e nunca morri. Sou a favor da adequação, mas não da maneira imposta. Peço aos parlamentares que votem favorável ao requerimento de criação. Precisamos dialogar com os órgãos fiscalizadores, gestores, feirantes e sociedade civil. Uma audiência pública deve ser marcada" , disse.

Ao finalizar seu discurso, o parlamentar ressaltou a importância das feiras. "Sempre comi carne fresca e estou vivo. A pergunta que fica é: se o cigarro que todos sabemos que gera câncer é legalizado, porque não encontramos uma saída para a venda de carne nas feiras? O cigarro é comprovado que causa câncer, mas nem por isso foi proibido, tem apenas uma advertência. Acho que o poder de escolha deve ser dos cidadãos. Sou consumidor assíduo das feiras, e meu horário preferido é o da xepa. Feira livre é cultura" destacou.