Segundo investigações, vitória de Edvaldo em 2016 teve ajuda da Torre

por Luciana Gonçalves, Assessoria de Imprensa do parlamenta — publicado 20/04/2017 12h55, última modificação 17/11/2017 18h15
Segundo investigações, vitória de Edvaldo em 2016 teve ajuda da Torre

César de Oliveira

O vereador Elber Batalha utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju para comentar sobre os últimos acontecimentos envolvendo a candidatura do prefeito Edvaldo Nogueira e a empresa Torre  nas últimas eleições municipais de 2016.

Segundo resultado do inquérito da Operação Babel, da Polícia Civil, divulgado na manhã de hoje, 20 de abril, ficou evidenciado nas investigações da polícia o envolvimento do então candidato a prefeitura de Aracaju Edvaldo Nogueira e o proprietário da empresa Torre, José Antônio Torres Neto. “Quem prestou atenção, viu que os motivos dos indiciamentos foram pautadas em tudo o que apresentamos aqui na Câmara, no dia da votação da CPI do Lixo. Tudo foi objeto de investigação da equipe do Deotap, constatado e referendado com o resultado deste inquérito”, lembrou Elber.

De acordo com  o inquérito, nas ligações interpeladas pela polícia às vésperas do fim do segundo turno das eleições em 2016, havia pedidos do prefeito Edvaldo Nogueira ao dono da Torre solicitando recursos e doação de caixa dois para campanha. A investigação da Deotap concluiu com a quebra do sigilo bancário da Torre que foram verificados saques exatamente nos valores solicitados pelo prefeito Edvaldo Nogueira.  “Todos sabem qual foi o derramamento de dinheiro em Aracaju na última semana das eleições em 2016. Isso é muito sério. O inquérito será encaminhado para a Procuradoria Regional Eleitoral e aí abre-se uma nova perspectiva nesta discursão; o dinheiro que envolvia as relações do lixo em Aracaju, tenham sido utilizados decisivamente para definir os resultados as últimas eleições”, garante Elber.

Em relação a essa descoberta pela polícia sobre o envolvimento da candidatura de Edvaldo e a empresa Torre, Elber Batalha disse que já havia feito denúncias, ainda na época do período eleitoral de 2016. “O resultado deste inquérito não é surpresa para mim. Eu, pessoalmente, estive presente na delegacia da Superintendência da Polícia Federal às vésperas do fim do segundo turno e relatei isso, disse que não podia provar porque não tinha os recursos, dei os nomes de quem iria distribuir o dinheiro, porque já sabia nos bastidores e em Aracaju tudo se sabe. Houve um derramamento estrondoso de dinheiro nas comunidades mais carentes em Aracaju na eleição passada.Tenho esse protocolo guardado em casa. Infelizmente, com todo respeito que tenho aos delegados, não foi dado o devido cuidado e a operacionalização que era devida à época. A verdade veio à tona e essa CPI se torna cada vez mais necessária para que tudo isso chegue ao conhecimento dos aracajuanos ”.