Secretário da Fazenda apresenta dados do 1º quadrimestre de 2020 aos vereadores em reunião virtual

por Eduardo Costa e Danilo Cardoso — publicado 04/06/2020 17h09, última modificação 04/06/2020 17h09
Secretário da Fazenda apresenta dados do 1º quadrimestre de 2020 aos vereadores em reunião virtual

Foto: Ascom CMA

Apesar da pandemia ter afetado todos os setores da economia, o município de Aracaju apresentou um balanço positivo no primeiro quadrimestre 2020. Os dados foram apresentados pelo secretário Municipal da Fazenda, Jeferson Passos, em reunião virtual com vereadores da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) na tarde desta quinta-feira, 4. De acordo com os números do Poder Executivo, o resultado primário foi de um crescimento de 148% positivo, representando R$ 64 milhões.

O documento apresentou um investimento realizado nos quatros primeiros meses de 2020 superior a R$ 121 milhões. Durante todo o ano de 2019, a Prefeitura realizou um investimento na cidade na ordem de R$ 95 milhões. A previsão para os 12 meses deste ano é de um investimento superior a R$ 180 milhões.

De acordo com o gestor, os dados positivos mostravam uma retomada da economia e sinalizava o ano promissor, mas infelizmente, a pandemia mudou o planejamento. “Todos os esforços estão sendo feitos, ajustes nas contas e ainda assim, teremos previsão de piorar ainda mais. Podemos citar alguns itens relevantes como o crescimento da ordem nominal e a receita de serviços”, disse Jeferson.

O vereador Thiaguinho Batalha (PSC), que presidiu a reunião, solicitou ao secretário alguns esclarecimentos sobre o plano de recuperação da economia pós pandemia: “Existe alguma política de planejamento de recuperação da economia da cidade, vimos que em Maceió teve uma redução de 30% nos impostos. A agonizarão da população é grande, existe prorrogação ou parcelamento de imposto”.

Já o parlamentar Américo de Deus (PSD) afirmou que os dados apresentados dão motivos para comemorar, mas mesmo assim, apresentou preocupação no pagamento do salário dos servidores. “Vimos que o grande gargalo da Prefeitura será o plano previdenciário, que possui um déficit superior a 60 milhões de reais. Estávamos navegando em céu de brigadeiro e veio a Covid-19 e mudou tudo. Existe a possibilidade de atraso de salário?”, argumentou.

O secretário esclareceu que a prioridade hoje é de investimentos na saúde e na assistência social, sem prejudicar os trabalhadores e ajudando o combate à pandemia e as pessoas em situação de vulnerabilidade. “A assistência social já efetuou de R$ 1.400.000,00 a R$ 1.700.000,00 até agora na pandemia, na questão de auxílio às pessoas mais carentes”, respondeu Jeferson.

Cabo Didi (PSC) questionou a respeito de auxílios a taxistas e motoristas de transporte escolar, além do andamento de obras de pavimentação e drenagem na cidade durante a pandemia. Jeferson afirmou que tais processos são organizados pelos órgãos responsáveis – respectivamente, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb).

Lucas Aribé (Cidadania) demonstrou dúvidas a respeito do planejamento para os recursos que estão sendo destinados pelo Governo Federal, voltando na questão dos salários.“Uma parte dos recursos já vem carimbado, e a utilização dos recursos se dá de diversas formas, mas principalmente com o pagamento dos salários das equipes de combate. Do total de R$ 65 milhões previstos em gastos, algo em torno de R$ 23 a 24 milhões são despesas de pessoal”, disse o secretário, dando prioridade aos servidores. Por fim, respondendo também a Lucas, Jeferson destacou que o prefeito Edvaldo Nogueira tem pago o adicional de insalubridade aos profissionais da saúde, em razão do risco das atividades de combate à pandemia.

Thiaguinho Batalha encerrou a reunião agradecendo a todos: “Em nome da Comissão de Finanças e da CMA, agradeço a vocês. A TV Câmara transmitiu a reunião pelo Facebook, tornando-a pública. Quando fomos eleitos para a Comissão, estabelecemos um ótimo relacionamento com Jeferson, um secretário sempre atencioso e transparente. Sabemos das dificuldades e saímos satisfeitos com todas as explanações”.