"Se querem derrubar uma CPI é porque tem muito a esconder", ressalta Emília
Indignação e desconfiança. Esses foram os sentimentos da vereadora Emília Corrêa (Patriota) ao interpretar a iniciativa do presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Nitinho (PSD), por entrar com um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual pede a suspensão das duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) instaladas na CMA: a do Lixo e da Saúde.
“Depois de esgotadas todas as tentativas no Tribunal de Justiça de Sergipe, a Câmara recorreu do STF com recurso extraordinário embasados em um argumento que não tem mais força jurídica para modificar”, disse Emília.
A vereadora, que atua como defensora pública há 30 anos em Sergipe, explica que uma Comissão Parlamentar de Inquérito é instrumento de minorias e a Constituição estabelece o suficiente de oito assinaturas de vereadores no requerimento para instalar uma CPI. “Os que querem esconder toda a falcatrua estão se apegando ao fato de que a CPI não passou por votação em plenário. Isso não é necessário já que é, exatamente, um instrumento de minorias", ressaltou.
Para Emília, essa tentativa de impedir a continuidade de um instrumento de investigação, demonstra que muito se tem a esconder. “Isso diz muito. É um outdoor onde está escrito, em letras garrafais, que existe muita sujeira. Um atestado de corrupção”, lembrou.
A patriota não acredita que Supremo Tribunal Federal dará procedência ao pedido de encerrar a CPI. “Será um contrassenso, mas ainda mais absurdo é ter um Poder Legislativo subserviente e bajulador do Executivo. O presidente da Câmara é um bom rapaz, mas está cego quando o assunto é atender todos os absurdos do prefeito Edvaldo Nogueira”, finalizou.