Ricardo Vasconcelos faz apelo sobre a situação do nanismo no estado de Sergipe

por Gleydy Matos - Agência CMA — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 17h20
O presidente informou que existem mais de 750 tipos catalogados da anomalia
Ricardo Vasconcelos faz apelo sobre a situação do nanismo no estado de Sergipe

Foto: Gilton Rosas

Na manhã desta quarta-feira, 22, o presidente da Casa Parlamentar, Ricardo Vasconcelos (Rede), usou a Tribuna, durante o Grande Expediente da 102ª Sessão Ordinária, para falar da situação do nanismo no estado de Sergipe. Ricardo informou que as pessoas que portam essa deficiência estão passando por uma situação dolorosa para ter um tratamento digno.

“A gente tem que cobrar do poder público que pare de fazer economia de palito com essas situações que envolvem a fibrose cística, que envolvem as pessoas que portam o nanismo. Pouquíssimas crianças aqui do estado, apenas duas crianças, salvo engano, têm direito ao tratamento mais adequado, só porque ingressaram judicialmente para ter direito ao tratamento. O tratamento custa em torno de 1 milhão de reais por ano. O tratamento minimiza boa parte dessas comorbidades”, pontuou o presidente.

Ricardo também destacou as dificuldades enfrentadas pelos portadores de nanismo no dia a dia. “São comorbidades severas, graves, jovens, meninos que têm os seus membros tão curtos, que, sequer, conseguem pegar no seu órgão genital para urinar, imagine que constrangimento, que sofrimento, um menino não poder urinar”, frisou.

O presidente informou que o tratamento adequado minimiza os impactos dessa anomalia. “Com esses hormônios, com esses tratamentos, as crianças conseguem desenvolver muito mais os seus membros, conseguem crescer e aí melhoram sua qualidade de vida. Não cura, mas, pelo menos, elas conseguem se desenvolver muito mais próximo daquelas crianças que não portam essa anomalia”, disse.

Ainda falando sobre a dificuldade do tratamento dessa deficiência, Ricardo fez apelo ao poder público. “Aqui no município de Aracaju, não existe um programa efetivo para garantir esse tratamento, para garantir que essas crianças tenham uma qualidade de vida muito melhor. Então o nosso apelo:  o que precisa é que o poder público oportunize isso, pare de fazer esse tipo de economia, negar esse tratamento, porque o tratamento é caro. Existem também outras doenças raras que as pessoas estão tendo dificuldade no tratamento para aliviar os efeitos dessas comorbidades”, enfatizou.

Finalizando o seu pronunciamento, o presidente questionou os gastos em relação ao dinheiro público. “Que país é esse que o dinheiro público não está sendo gasto para socorrer os nossos cidadãos? Tem dinheiro para socorrer vários seguimentos da sociedade: o empresariado, políticas partidárias, fundos eleitorais, tem dinheiro para tudo, mas quando vai para o cidadão comum, para aqueles que mais precisam do SUS, a gente nega. Então é essa política que a gente quer combater!”, finalizou Ricardo.

Na oportunidade, os vereadores Elber Batalha (PSB), Anderson de Tuca (PDT), Sargento Byron (Republicanos) e Breno Garibalde (União Brasil) parabenizaram o presidente pelo pronunciamento sobre o nanismo e destacaram a necessidade de reunir forças e da criação de políticas públicas reais para garantir os direitos dessa parte da população.