Ricardo Marques cobra contrapartida do poder público: “Não é só decretar o fique em casa”

por Wandycler Júnior, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 28/10/2024 15h09
Ricardo Marques cobra contrapartida do poder público: “Não é só decretar o fique em casa”

Foto: Assessoria do parlamentar

O vereador Ricardo Marques (Cidadania) realizou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais e teve como convidado o médico cardiologista Dr. Luiz Flávio Prado. Eles conversaram sobre a atual situação do sistema de saúde do estado, as vagas de leitos e a velocidade de transmissão do vírus da Covid-19.

Na visão do cardiologista, a preparação para o aumento de casos não está sendo tão eficiente. “Na primeira onda a gente conseguiu se preparar, as pessoas colaboraram, o Estado colaborou. O movimento da ocupação dos leitos se repete, foi assim na primeira onda também. Primeiro começa a lotar os hospitais privados e depois chega aos hospitais públicos”, explicou Luiz Prado.

Ele comentou ainda sobre o potencial de transmissão das variantes do vírus. “É o mesmo vírus só que com uma capacidade de transmissão muito maior. Estamos internando ultimamente famílias inteiras. Isso não aconteceu na primeira onda. Você não sabe como é dar a notícia para uma pessoa que está com o pai, a mãe e o marido entubados na UTI”, lamentou.

Sobre a possibilidade de fechamento geral no estado de Sergipe, o vereador Ricardo Marques avalia que, se for acontecer, o poder público deve ajudar a população. “Tem que ter contrapartida para as pessoas que não vão poder trabalhar. Não é só decretar fique em casa. Tem que decretar o fique em casa e dizer de que forma irão ajudar as pessoas. Alguns estados têm feito isso, têm destinado valores para ajudar os empresários, garçons, cozinheiros”, comparou.

Ricardo aproveitou a oportunidade para reforçar a importância de seguir as orientações sanitárias. “Segundo os dados divulgados pela secretaria da saúde houve um aumento de 40% dos casos somente agora no mês de março. Tenho conversado com pessoas ligadas a área da saúde e eles dizem que nos próximos dias a situação pode piorar bastante. A única coisa que podemos fazer é nos prevenir, evitar aglomerações, reforçar o uso da máscara, lavar bem as mãos e usar álcool em gel”.