Projeto de lei, de autoria de Lucas Aribé, propõe feiras de troca de brinquedos em Aracaju

por Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 05/06/2018 12h20, última modificação 05/06/2018 14h14
Projeto de lei, de autoria de Lucas Aribé, propõe feiras de troca de brinquedos em Aracaju

Foto: Assessoria do parlamentar

“As crianças são bombardeadas por propagandas todos os dias, principalmente nos canais infantis da TV a cabo, e tendem a pedir todos os brinquedos que veem. Aqui em casa, nós temos o hábito de fazer frente a esses impulsos do consumo e dar presentes somente em ocasiões especiais. Certa vez, participamos de uma feira de troca de brinquedos no Parque da Sementeira e a experiência foi muito gratificante, pela relação que se estabelece entre as crianças, o saber ceder para fazer o outro feliz e receber em troca”, rememora o jornalista Thiago Paulino, pai dos pequenos Heitor, 5, e Helena, 2 anos.

Muito em breve, pais e filhos como Thiago, Heitor e Helena poderão exercitar o desapego em diversas feiras de trocas de brinquedos organizadas pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e distribuídas por toda a cidade. Para isso, basta que seja aprovado o projeto de lei 162/2018, de autoria do vereador Lucas Aribé (PSB). Protocolado na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) no último dia 30, o PL dispõe sobre a instituição de feiras de trocas de brinquedos em parques e outros espaços públicos da capital.

A proposta das feiras de trocas é estimular pais e filhos a repensarem o consumo, darem destino a brinquedos que só ocupam espaço em casa e incitar nas crianças o exercício do desapego e a capacidade de negociar. De acordo com o projeto, as feiras serão realizadas exclusivamente para troca, portanto, compra ou venda de produtos são proibidos. “Estes eventos são exercícios de desapego e podem contribuir para a formação de valores menos materialistas. Além de uma atividade divertida, as feiras de troca possibilitam entrosamento e socialização entre crianças e adolescentes. Mais do que trocar brinquedos que já não despertam a atenção, a experiência é enriquecedora por propiciar novos significados a objetos antigos e ensinar aos pequenos que as relações não precisam ser pautadas apenas na compra”, explica o vereador Lucas Aribé.

“A criança passa por momentos de egocentrismo na fase de desenvolvimento da socialização. Pedagógica e socialmente falando, toda atividade que permita o compartilhar é um momento de construção no qual ela percebe a importância de contribuir, de poder soltar seus sentimentos no sentido da solidariedade. Esse momento de desapego a um objeto seu faz com que a criança perceba a importância de lidar com o outro, desenvolver seu emocional e ao mesmo tempo contribuir para a felicidade de alguém. Isso desenvolve não só o lado psicológico, mas também o social, mostrando a ela que devemos viver uma vida de amor, harmonia e compartilhamento”, analisa a psicopedagoga Vanda Salmeron.

Segundo o projeto, as feiras poderão acontecer em espaços públicos abertos ou fechados e a Prefeitura de Aracaju poderá firmar convênios com entidades não governamentais para a realização do projeto. Caso seja aprovado, o prazo de regulamentação é de até 90 dias, a partir da data da publicação da lei.