Professora Ângela Melo se posiciona contra veto do prefeito sobre capacidade dos ônibus de Aracaju

por Paulo Victor, Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 28/10/2024 14h59
 Professora Ângela Melo se posiciona contra veto do prefeito sobre capacidade dos ônibus de Aracaju

Foto: Assessoria da parlamentar

“Não podemos colocar o direito à vida e o direito de ir e vir em oposição. É preciso buscarmos o equilíbrio entre esses dois direitos fundamentais”.

Com essa afirmação, a vereadora professora Ângela Melo se posicionou contra o veto parcial do prefeito Edvaldo Nogueira ao projeto apresentado pelo vereador Manuel Marcos que “dispõe sobre medidas de proteção à saúde pública enquanto perdurar a situação de emergência e de calamidade pública, decorrentes do surto do coronavírus em Aracaju”.

O artigo vetado pelo prefeito estabelece que os ônibus não podem circular acima da sua capacidade normal de assentos.

Em seu discurso na sessão legislativa desta quarta, 17, a parlamentar petista criticou o argumento apresentado pela Prefeitura de que um acréscimo no número de ônibus “acarretaria gasto de combustível, despesa com pessoal, ocasionando assim expressivo aumento na tarifa”.

“É lamentável que a Prefeitura opte pelo comodismo de afirmar que não é possível limitar a lotação dos ônibus ou, se for possível, aumentando o valor da passagem. Ou seja, a única saída pensada pelo Executivo municipal foi prejudicar a população mais pobres”, repudiou Ângela.

Na oportunidade, a vereadora sugeriu diversas medidas, como a ampliação de frotas e rotas em determinados horários, além do investimento em outros modais de transporte, por meio da construção e reforma de ciclovias e ciclofaixas.

“Um estudo do Shenzen Bus Group sugere que os veículos urbanos devem transportar, no máximo, 50% da sua capacidade. E uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas demonstrou que Bogotá, na Colômbia, implantou 76 quilômetros de ciclovias temporárias durante a pandemia. Se em Bogotá que tem uma população 11 vezes maior que Aracaju foi possível, por que aqui não?”, questionou Ângela Melo.