Professora Ângela Melo propõe cancelamento do título de cidadania aracajuana do ministro da Saúde
“Considerando que houve graves desrespeitos a determinações regimentais e ritos procedimentais, e por estarmos falando de alguém que não fez nada pela vida e pela saúde da nossa população, eu proponho o cancelamento do título de cidadão aracajuano ao ministro da Saúde”.
Com essa afirmação enfática, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) repudiou, além do fato em si, a forma com que a Câmara Municipal de Aracaju concedeu, na última semana, o título de cidadania ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A parlamentar lembrou que, em 7 de dezembro de 2021, o ministro demonstrou desprezo as vidas humanas ao afirmar que “essa questão da vacinação tem dado certo porque nós respeitamos as liberdades individuais, como o presidente falou agora há pouco, às vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade”.
Ângela mencionou ainda que o relatório da CPI da Covid-19 recomendou o indiciamento de Queiroga por dois crimes previstos no código penal: epidemia com resultado de morte e prevaricação. “Como podemos dar um título de cidadania a quem prevaricou no meio de uma crise sanitária tão grave”, questionou.
A vereadora recordou ainda que, mesmo nos momentos de pico, o ministro da Saúde defendeu o fim da obrigatoriedade das máscaras e tentou impedir a vacinação de crianças. Por isso, ela critica: “como podemos dar um título de cidadania a quem não cuida das nossas crianças?”.
Para além do posicionamento do ministro frente à pandemia, Professora Ângela Melo enfatizou que o requerimento de entrega do título não foi votado pela Câmara e que o nome e a identidade pela qual o ministro se apresenta publicamente foram omitidas, o que constituem graves desrespeitos ao Poder Legislativo.
“O requerimento falava em Marcelo Antonio Cartaxo Lopes, mas o nome completo dele é Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes. Por que o sobrenome Queiroga foi omitido pelo autor da propositura? Foi coincidência? Por todos esses motivos, eu peço o cancelamento desse título de cidadania”, frisou.