Professora Ângela Melo manifesta apoio a Comitê contra a intervenção na UFS
Na tarde dessa quarta-feira, 20, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) participou de reunião do Comitê Sergipano contra a Intervenção e em Defesa da Democracia e da Autonomia na Universidade Federal de Sergipe.
Formado por diversas entidades tanto da comunidade acadêmica quanto da sociedade civil, o Comitê foi lançado na última segunda-feira, 18/01, com o objetivo de ampliar os esforços na denúncia contra a intervenção do Ministério da Educação que, em novembro do ano passado, num ato de desrespeito ao protagonismo de estudantes, professores e técnico-administrativos na escolha da gestão universitária, nomeou uma reitora pró-tempore da instituição.
Em sua participação na reunião, a parlamentar petista salientou a contribuição da UFS no desenvolvimento de Sergipe. “A UFS é um patrimônio do povo sergipano, é uma instituição que desempenha papel fundamental em nosso estado, é uma universidade que tem professores/as, técnicos e estudantes comprometidos com a produção de conhecimento, com a realização de pesquisas científicas e projetos de extensão que ajudam a transformar vidas”, frisou.
Ao dar relevo ao caráter estratégico da UFS para a população de Sergipe, a vereadora afirmou ser “inaceitável qualquer autoritarismo dentro de uma instituição com essas características. Por isso, reafirmo o meu repúdio à intervenção do MEC e a minha solidariedade e apoio à comunidade acadêmica que teve a importante iniciativa de criação do Comitê”.
Professora Ângela Melo acredita também que a intervenção é apenas um dos aspectos do projeto político de destruição da educação pública pelo Governo Bolsonaro. “É um governo que nega a ciência, que corta recursos para a produção científica e tecnológica, que estimula o patrulhamento do saber e que persegue o pensamento crítico. Por isso, intervir na gestão das universidades é tão importante para Bolsonaro”, critica.
O entendimento da parlamentar tem sintonia com o denunciado pelo Comitê, que em carta aberta ressalta que “há, por parte do governo Bolsonaro, uma intenção de esvaziar e descaracterizar a democracia como pressuposto teórico e prático, a partir do controle das instituições, bem como por meio de uma retórica coordenada contrária aos valores democráticos na vida social do país. A luta contra os ataques à educação pública nesse país está na ordem do dia. A defesa de um projeto de mercantilização, financeirização, que aponta para a privatização e até desnacionalização do ensino objetiva responder interesses de ruptura das insuficientes políticas públicas educacionais, dos direitos sociais fundamentais e do próprio Estado Democrático de Direito”.