Professora Ângela Melo denuncia intenção da Prefeitura de Aracaju de demolir escola infantil no São Conrado

por Paulo Victor Melo - Assessoria de Imprensa da Parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 17h19
Professora Ângela Melo denuncia intenção da Prefeitura de Aracaju de demolir escola infantil no São Conrado

Foto: Assessoria Parlamentar

“Quando uma gestão pública decide demolir escolas de educação infantil, sem qualquer justificativa plausível, é porque não há mesmo qualquer compromisso dos gestores com o presente e o futuro das crianças”.

Conhecedora do chão da escola pública, a vereadora Professora Ângela Melo (PT) lamentou e repudiou, de forma enfática, a intenção da Prefeitura de Aracaju de demolir a Escola Municipal de Educação Infantil Áurea Melo Zamor, localizada no São Conrado.

Por mais de uma vez, a parlamentar esteve na escola, dialogando com professoras(es), mães, pais e estudantes. E há um consenso entre todos os segmentos: demolir a escola é um absurdo.

A mobilização da comunidade escolar da EMEI Áurea Melo Zamor gerou, inclusive, a elaboração de uma carta pública direcionada ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.

No documento, escrito como espécie de autobiografia pela escola, são criticadas tanto a intenção de demolição quanto o método da Prefeitura, que não dialoga com as pessoas diretamente ameaçadas.

Um dos trechos da carta ressalta: “a minha importância não poderá nunca ser medida na prancheta de uma engenheira que só enxergou em mim “o aproveitamento do terreno”. A engenheira deveria ter me visitado e conversado com as pessoas mais importantes que comigo convivem: as crianças. Vocês deveriam ter perguntado a elas o que gostariam de modificar em mim. As crianças podem dizer como me querem em ‘alto padrão’”.

A escola também “diz”: “não aceito ser demolida, quero ser melhorada, ficar mais bonita e melhor adequada para receber mais crianças e fazê-las felizes nos seus percursos de desenvolvimento integral”.

A necessidade de preservação das relações afetivas constituídas na escola também é questionada na carta: “o que eu sou, toda minha história de quase três décadas, as histórias construídas em mim pelas pessoas adultas e pelas crianças, de nada importa para alguém cujo olhar foi só “para o aproveitamento do terreno?”.

Além de ler a carta da EMEI Áurea Melo Zamor, a vereadora Professora Ângela Melo solicitou que a Prefeitura de Aracaju envolva a comunidade escolar na discussão. “Nem mãe, nem pai, nem professoras e professores e nem estudantes foram consultados. A escola precisa de reforma, sim, mas não de demolição. Por isso fica o apelo para que o prefeito Edvaldo Nogueira e o secretário de educação dialoguem com todos os segmentos que constroem a escola no seu cotidiano”, disse.