Professora Ângela Melo denuncia descaso da Prefeitura e Governo do Estado com tapioqueiras da Orla de Aracaju
“Éramos uma atração turística de Aracaju, mas nos colocaram num lugar onde temos que pagar e que não tem qualquer manutenção nem segurança… A gente não pede ajuda, pede socorro ao prefeito e ao governador para que possamos continuar trabalhando. Não é justo estarmos nesse lugar abandonado”.
O desabafo é de uma das tapioqueiras mais antigas da Orla da Atalaia, que relatou à vereadora Professora Ângela Melo (PT) uma realidade de completo abandono da Prefeitura de Aracaju e do Governo de Sergipe com essa atividade turística e cultural tão importante para a cidade e o estado.
Falta de manutenção da estrutura pública, insegurança, ausência de estrutura adequada e taxas elevadas cobradas pela Emsurb foram alguns dos problemas enumerados por Édja Monte (quiosque Edjano Lautindo), Cristiane do Espírito Santo Figueiredo (Tapioca da Dona Silvia), Andréia Dias do Carmo (Beju Café) e Patrícia de Jesus Brito Santos (quiosque Litorânea), que integram o grupo das primeiras tapioqueiras da Orla.
A vereadora, que esteve junto às tapioqueiras e está apoiando as suas reivindicações, reforçou a denúncia. “Não há banheiros, não tem iluminação suficiente, não tem segurança. Elas já foram vítimas de assaltos e estão em constante situação de risco. Por isso, elas solicitam câmeras de segurança e mais rondas policiais”, disse.
Professora Ângela Melo chama a atenção também para o local em que as tapioqueiras foram colocadas pelo poder público. “Não há sequer placas de sinalização que guiem os clientes até os quiosques dessas tapioqueiras. Elas foram colocadas no fundo do Centro de Arte J. Inácio, que está fechado há mais de dois anos, o que dificulta a visibilidade dos seus quiosques”, contou.
Outra denúncia feita pelas tapioqueiras diz respeito às taxas elevadas e diferenciadas cobradas pela Emsurb.
“As tapioqueiras pedem um esclarecimento do porquê há diferenças nas taxas entre cada quiosque e também pedem uma negociação dos valores, ao menos desde o período em que, por conta das obras no local, houve a diminuição do fluxo de clientes”, afirmou Ângela.