Professor Bittencourt lembra a obra de Joel Rufino dos Santos

por Acácia Merici, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 06/09/2017 12h20, última modificação 06/09/2017 15h26
Professor Bittencourt lembra a obra de Joel Rufino dos Santos

Gilton Rosas

O vereador Professor Bittencourt (PCdoB) destacou a trajetória do jornalista e historiador Joel Rufino dos Santos, um dos maiores nomes do pensamento intelectual brasileiro, falecido em setembro de 2015. “Carioca e filho de pernambucanos, foi um dos grandes entusiastas do movimento negro no Brasil. O intelectual já produziu mais de 50 livros e sempre foi uma grande referência para diversas gerações”, afirmou.
 
Bittencourt recordou que teve a oportunidade de conhecer Joel Rufino pessoalmente, momento celebrado pela riqueza de conhecimento. “Tive o privilégio e a satisfação de dialogar com Joel Rufino, quando coordenava o curso de História da Universidade Tiradentes (Unit) e o trouxemos para uma aula inaugural. Apesar desses dois anos da ausência física, ele perpetua e mantém sua obra por conta dos ensinamentos e por ter sido um dos grandes instigadores da reflexão sobre a condição de vida da população negra brasileira, cuja maioria vive nos presídios, nas favelas, sendo vítima da violência do estado”, destacou. 
 
José Rufino dos Santos ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, a exemplo do Prêmio Jabuti, uma das maiores consagrações da literatura do Brasil. Ele também concorreu ao prêmio Hans Christian, considerado o Nobel da Literatura Infantil. José Rufino é autor de História nova do Brasil; O Renascimento, a Reforma e a Guerra dos Trinta Anos; República: campanha e proclamação; Mataram o presidente (co-autoria); O que é racismo?; Zumbi; Abolição; Atrás do muro da noite: dinâmica das culturas afro-brasileiras; História política do futebol brasileiro; entre outras grandes obras.  
 
“Sem Joel Rufino o Brasil ficou menos inteligente e menos pensativa na análise concreta do movimento negro e na quebra do preconceito. É preciso que cada vez mais nos debrucemos sobre essa temática e evidenciando esse Brasil que é fundamentalmente negro na sua trajetória política, econômica, social e cultural, mas que, infelizmente, temos um passivo enorme a ser tratado nessa dimensão”, ressaltou.