Professor Bittencourt encaminha Moção de Repúdio ao Departamento de Direito da UFS
Foto: Agência CMA.
O vereador Professor Bittencourt (PCdoB) utilizou o Grande Expediente da sessão desta quinta-feira, 06, para externar a sua indignação com a decisão do departamento de direito da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Diante dos últimos acontecimentos envolvendo a não convocação do professor Ilzver Matos, aprovado na segunda colocação geral e na primeira para candidatos pretos ou pardos em um concurso para o cargo de professor do curso de direito na UFS, o parlamentar se solidarizou ao amigo e companheiro de causas sociais e informou que já encaminhou uma moção de repúdio para ser aprovada na Câmara Municipal.
“A minha assessoria protocolou uma moção de repúdio a essa decisão do departamento de direito solicitando o imediato restabelecimento da ordem jurídica, legal e humana desse caso. Eu quero reafirmar o meu respeito intransigente à aquela Universidade que me deu régua e compasso para que eu pudesse me transformar na figura política que sou e no cidadão e profissional na área de história que sou”, pontuou o vereador.
Para o parlamentar, todo esse processo tem gerado um desgaste muito grande para as pessoas que entendem a universidade como um espaço fundamental do saber. Assim como as diversas entidades que declararam apoio ao professor Ilzver Matos, o vereador também se solidariza e repudia profundamente essa situação.
“Quero profundamente lamentar essa sucessão de ações arbitrárias que a universidade vem estabelecendo, em especial, o departamento de direito, com relação à vaga do professor Ilzver. Ilzver foi aprovado em segundo lugar e em primeiro pelo regime de cotas. Eu não gostaria de ver essa universidade sendo palco e instrumento dessa natureza, o que nos faz evidenciar o racismo estrutural muito presente”.
“Quero manifestar o meu mais profundo repúdio, a minha profunda tristeza e indignação com isso que está sendo feito com o professor Ilzver. Espero que as ações sejam efetivadas no sentido de desfazer esse equívoco. Mais do que um equívoco, é uma situação de inequívoco e evidente racismo estrutural”, finalizou o parlamentar.