Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos ocupa Tribuna Livre para cobrar equidade de salários
A Tribuna Livre da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) recebeu nesta terça-feira, 16, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Sergipe (SINDIFARMA-SE), Dalmares Sá. Representando várias classes de profissionais da saúde, ele fez um apelo pela equidade de salários entre os vários grupos da área.
Estavam presentes no Plenário profissionais de seis áreas: farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. A cobrança é pela igualdade de condições entre eles e outros grupos, como os médicos, enfermeiros e assistentes sociais. “Hoje, segundo a lei complementar 131/2014, assistentes sociais que entram na prefeitura ganham uma diferença de R$ 931 a mais. Isso não é contra nenhuma outra categoria, é para que nós sejamos respeitados. Exercemos nossas funções nos mesmos locais que assistentes sociais, enfermeiros, médicos e odontólogos, e acreditamos que a saúde se faz de forma profissional. Muita gente reclama da falta de medicamentos, mas o que adianta tê-los se não há um profissional farmacêutico para controlar e recomendar o consumo? Nós vivemos sob uma reforma trabalhista que retira direitos e influencia a questão da saúde mental, por isso precisamos também de psicólogos neste município. Cada uma destas profissões tem sua importância como tantas outras”, disse Dalmares.
“Esses profissionais trabalham nos mesmos locais que os outros. São apenas 116 efetivos que pedem que o SUS de Aracaju os valorizem. O impacto deste aumento por ano, incluindo o 13º, seria de um total de 0,16% da folha da Prefeitura. Dá para fornecer aumento aos médicos e realizar nosso pleito. A equiparação não é uma decisão de finanças, mas sim política. Todas as demais categorias da saúde tiveram algum tipo de benefício exclusivo: médicos, assistentes sociais, enfermeiros, e as outras nunca tiveram um pleito atendido”, acrescentou.
Em aparte, alguns vereadores se manifestaram a favor das categorias em questão. Elber Batalha (PSB), Iran Barbosa (PT) e Emília Corrêa destacaram que o problema é resultado da falta de vontade e de gestão da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). “Não existe boa vontade política. O impacto é mínimo, não resolve porque não quer. Tudo que foi colocado aqui deve ser resolvido e vocês têm o meu apoio.”, declarou Emília.
Outros parlamentares, como Américo de Deus (Rede), Anderson de Tuca (PRTB), Dr. Manuel Marcos (PSDB) e Kitty Lima (Rede) também mostraram seu apoio a estes profissionais. “Vocês precisam e merecem ser valorizados. Vocês não estão inventando nada, apenas pedem aquilo que é direito”, disse Kitty.
Já o parlamentar Vinícius Porto (DEM), líder da base aliada na CMA, criticou o discurso de alguns vereadores e mostrou abertura para diálogo com as classes que reivindicam melhorias. “Estes mesmos vereadores que falaram em solidariedade são os mesmos que só defendem os médicos. Até hoje a oposição só defendeu os médicos, mas agora com os senhores aqui estão sendo solidários. Por quê? A presença dos senhores é indispensável para fazer uma saúde plena, mas eles só defendem os médicos. O reajuste dos médicos não foi concedido porque não é justo que outras categorias, como a de vocês, também não recebam. Caso não participaram de alguma reunião, estou disponível para discutir e ajudar a solucionar este problema. É uma pauta justa e precisamos resolvê-la. Isso não foi ocasionado nesta gestão, mas vamos resolver no melhor momento possível. Temos que tratar todos de maneira igual e na hora certa faremos isso”, afirmou Vinícius.