Presidente da Câmara Municipal de Aracaju faz alerta sobre chuvas que se aproximam
O Presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Ricardo Vasconcelos (PSD), utilizou a Tribuna no início do Grande Expediente e falou dos contratempos causados pelas recentes chuvas no município de Aracaju. Ricardo chamou atenção para diversas vias da cidade que ficaram inundadas. De acordo com o parlamentar, a Prefeitura de Aracaju conhece a problemática há décadas, no entanto, a situação tem se agravado.
“No ano passado eu não vi tantas ruas alagadas. Já começaram as chuvas, de uma forma muito módica, mas já estou vendo o caos na cidade. Hoje pela manhã, logo cedo, vi uma empresa limpando bueiros, mas na minha modesta opinião a limpeza dos bueiros tem que anteceder as chuvas. Os transtornos já estão aí, então quero chamar a atenção da Emurb, da Emsurb e de todos os agentes envolvidos. Que acelerem a limpeza porque as águas estão por vir”, declarou o presidente da CMA. “Os técnicos da Prefeitura já conhecem esse problema há décadas, falta de conhecimento não é. Não é possível que o trânsito de Aracaju e nossas vidas fiquem paralisadas por causa de enchentes em uma cidade planejada como Aracaju”, afirmou.
Agradecimento ao Partido Rede Sustentabilidade
Na oportunidade, Ricardo Vasconcelos fez um agradecimento ao partido Rede, ao qual estava filiado desde 03 de abril de 2020. Em 05 de abril deste ano, o presidente da CMA migrou para o Partido Social Democrático (PSD).
“Vou começar o Grande Expediente agradecendo a todos que fazem o partido Rede Sustentabilidade. Saí, mas deixei um quadro muito mais preparado, à altura, que é o nosso querido vereador Breno Garibalde (Rede). Tenho certeza que o partido está em boas mãos e continuará cumprindo o seu programa, fazendo com que Aracaju seja cada vez mais uma cidade sustentável e com justiça social. Breno, boa sorte no Rede; contem comigo. Eu saí, mas deixei um pezinho lá”, disse o presidente da CMA.
Homenagem ao médico Melício Resende Machado
Ricardo Vasconcelos dedicou parte de seu discurso no Grande Expediente ao médico ginecologista e obstetra, Melício Resende Machado, que morreu aos 84 anos na última segunda-feira, 8. O médico, que era tio de Ricardo Vasconcelos, foi um dos pioneiros no Estado e fez parte da primeira turma da Faculdade de Medicina de Sergipe, tendo relevante contribuição social na área da saúde em Sergipe.
“Quero fazer uma homenagem a uma pessoa que fez muito por Aracaju e Sergipe. Vários parentes meus já faleceram e nunca fiz menção na Câmara de Vereadores de Aracaju. Quem teve o prazer de conhecer tio Melício sabe o quão generoso ele era. Não usou a medicina para ganhar dinheiro. Usou a medicina para fazer bem ao próximo. Ele reservava o sábado à tarde para distribuir remédio e atender o povo de graça. Eu via aquele homem atender de 20 a 30 mulheres em uma sala pequena de sua fazenda, distribuindo anticoncepcionais, vitaminas e outros tantos remédios para uma população carente. Também o vi deixar o consultório dele para atender pessoas humildes sem cobrar nada. Um homem que nunca perdeu a sensibilidade com o próximo. O que mais me chamou a atenção durante a sua passagem aqui na terra, enquanto esteve conosco, foi sua vontade de fazer o melhor pelo próximo".
Em aparte, o vereador Elber Batalha (PSB) se solidarizou com a perda e ressaltou a formação humanística do médico Melício Resende Machado. “Na segunda-feira, quando a notícia do falecimento do Doutor Melício chegou estávamos em uma Audiência Pública sobre a maternidade Nossa Senhora de Lourdes e, coincidentemente, quase todos médicos presentes eram obstetras. A comoção foi generalizada, muitos deles citando que foi seu tio quem fez o parto deles. Naquela oportunidade, respeitamos um minuto de silêncio. Ele enriqueceu a vida de tantas pessoas, com as quais contribuiu de forma efetiva, com a vocação da medicina”.
Ricardo Vasconcelos encerrou a participação no Grande Expediente apontando a imprescindibilidade de se cultivar um viés altruístico na atuação profissional. “O motivo dessa homenagem que faço é também chamar a atenção para a necessidade, em qualquer profissão, de não se perder a nossa essência. Nós temos que ter esse olhar especial pelo próximo, estender a mão. Estamos perdendo essa formação humanística. A classe política tem culpa, todos têm culpa”, afirmou.
“Não temos mais essa formação no seio familiar como também nas escolas. Precisamos de mais Melícios em nossa sociedade, em todas as áreas; em todas as profissões, para que não olhemos o ser humano como apenas um voto; com algum interesse. Mas sim, como alguém que tem necessidades e precisa de um olhar fraterno”, pontuou Ricardo Vasconcelos.