População pode estar fazendo uso de água imprópria para o consumo, alerta Kitty
A falta do reagente químico utilizado pelo Laboratório de Referência (Lacen) para análise microbiológica da água fornecida pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) foi novamente criticada pela vereadora Kitty Lima (Rede) na quinta-feira, 14. Desde abril deste ano, o laboratório não vem realizando o teste da qualidade da água que é consumida pelos sergipanos.
O problema não é novidade. Em novembro do ano passado, Kitty Lima denunciou a falta do reagente no laboratório e alertou para a probabilidade da população estar consumindo água sem controle de qualidade e sob risco de contaminação. “Eu denunciei o problema no ano passado, mas infelizmente estamos vendo que ele se repete agora. A gente sabe que essa situação compromete o controle de água e por isso não podemos deixar isso acontecer sem cobrar uma explicação dos órgãos responsáveis. Esses reagentes são fundamentais para que a Vigilância Sanitária do Município possa atestar se essa água é própria para o consumo da população”, disse a vereadora.
O caso já está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por meio da promotora de Justiça de Defesa do Consumidor, Euza Missano, que assim como Kitty, tem demonstrado preocupação quanto ao consumo da água de qualidade duvidosa. “O MP tem demonstrado a mesma preocupação com esse problema grave porque é a população que acaba pagando pela ineficiência da administração pública. Os órgãos responsáveis precisam ter um controle maior porque é a saúde dos sergipanos que está em jogo. Esses testes, segundo especialistas, precisam ser feitos todos os meses, e a ausência desse produto pode comprometer sim a qualidade da água e por tabela a saúde de quem a consome. A população pode estar fazendo uso de água imprópria para o consumo”, alertou Kitty, que cobrou um posicionamento da gestão municipal.
“É dever da Vigilância Sanitária de Aracaju fazer esse controle, fazer a coleta da água e levar para o Lacen atestar sua qualidade conforme exigência do Ministério da Saúde. Estamos exigindo que a Prefeitura de Aracaju resolva essa situação e promova um controle rigoroso para que essa problemática não ocorra novamente”, disse.