Para Bittencourt, o Dia do Índio é uma data para a reflexão

O vereador Professor Bittencourt (PCdoB) destacou a importância do Dia do Índio, celebrado nesta quinta-feira, 19. Segundo ele, a data marca não apenas a comemoração da riqueza cultural que contribuiu para a formação do povo. É um dia de reflexão sobre a atual situação dessa população que sobrevive com muita luta no cenário brasileiro. 

“Hoje é dia dos povos originários da nossa América e do nosso Brasil. Estudos apontam que a população indígena era em torno de 5 milhões em 1.500. Hoje, os dados mostram que apenas 500 mil índios resistem no Brasil. Ao longo dos séculos e décadas, a população indígena foi massacrada, atacada, agredida, submetida a um etnocídio. Portanto, devemos sempre debater sobre a violência que essa população sofre”, comentou Bittencourt. 

O parlamentar destacou que a data será lembrada em escolas e universidades, que farão debates e exposições sobre a temática com responsabilidade, seriedade, pertinência e compromisso. “Receberemos hoje os nossos filhos pequenos vestidos de índios, ao retornar das escolas. Não tenho dúvida os eventos contribuirão para a reflexão da importância desses povos para a nossa formação. Acredito que cada vez mais voltemos a essa temática, sobretudo aos que mais foram prejudicados ao longo da nossa história. Envio um abraço para todos os amigos da tribo Cariri Xocó, na Ilha de São Pedro, em Porto da Folha, ao Cacique Apolônio e toda a população que resiste com muita força nesse processo de reafirmação da vida, da cultura e da identidade”, disse. 

Ainda na Tribuna, Bittencourt comentou que “as pessoas olham para a violência submetida a outros povos com uma comoção justa, natural e verdadeira. Mas é preciso olhar para a nossa realidade e nos comover do que acontece com os nossos brasileiros, especialmente às violências com os índios e aos negros. Nessa trajetória de mais de 500 anos, o Brasil foi palco de dois expressivos e vergonhosos episódios da humanidade: genocídio da população indígena e genocídio da população africana e escravizada. Que esse 19 de abril seja de reflexão para que possamos aprender com os erros do passado e jamais permitir que sejam repetidos”.