Órgãos ambientais não estão atendendo aos chamados da população, denuncia Kitty
A vereadora Kitty Lima (Rede) denunciou, no plenário da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a inércia dos órgãos públicos envolvidos no recebimento e atendimento das ocorrências das causas ambiental e animal, como o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), Polícia Ambiental e Ibama. Em seu discurso, Kitty relatou o jogo de empurra-empurra entre os órgãos quanto a responsabilidade das ações, fato que tem prejudicado, principalmente, o meio ambiente e os animais silvestres em situação de risco.
A parlamentar é procurada constantemente por pessoas que buscam ajuda para o resgate de animais silvestres, após terem seus pedidos rejeitados pelos órgãos ambientais. “Eles se dizem incapazes se atender a população por não ser mais uma obrigação deles. A população já não aguenta mais essa situação. A imprensa tem noticiado diversos casos de animais silvestres em áreas urbanas e a dificuldade que é para conseguir o apoio dos órgãos ambientais no resgate desses animais. O Cisosp sequer registra as ligações sobre esse tipo de ocorrência. Eu mesma já fiz o resgate de um falcão porque eles disseram que esse tipo de ação não era mais competência deles, um total desrespeito”, reclamou Kitty, que questionou o motivo que levou a criação da Polícia Ambiental, por exemplo.
“Para que te uma Polícia Ambiental se ela não está fazendo o trabalho para o qual foi criada? Não entendo esse jogo de empurra-empurra quanto ao atendimento das ocorrências e já levei essa situação ao conhecimento do Ministério Público para alinharmos, de forma conjunta, a responsabilidade de cada um”, disse.
Kitty pediu ainda que, apesar de todo o imbróglio, a população não deixe de denunciar os casos às autoridades ambientais. “Continuem exigindo deles o suporte às ocorrências e gravem as ligações para que os casos de recusa possam ser comprovados na Justiça, atestando assim a ineficiência dessa gestão”, alertou.
Kitty revelou ainda que tem buscado agenda com o governador Belivaldo Chagas, para tratar, além dessa problemática, a situação do zoológico de Aracaju, para onde eram levados muitos dos animais que eram resgatados e que não possuíam condições de retornar ao seu habitat natural. “O zoológico de Aracaju mais parece um campo de concentração, com animais passando fome, em ambientes impróprios e sofrendo diante toda a desassistência do Poder Público. Precisamos frear esses absurdos e garantir melhores condições de vida para esses animais no zoológico”, afirmou.