"Paulo Guedes quer é colocar o trabalhador em estado de extrema pobreza", diz Isac

por Bruna Cury, Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 07/11/2019 11h01, última modificação 07/11/2019 11h01
"Paulo Guedes quer é colocar o trabalhador em estado de extrema pobreza", diz Isac

Foto: César de Oliveira

Na tarde da última terça-feira, 05, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em coletiva que servidor público filiado a partido político não terá direito a estabilidade no emprego. "Tem filiação partidária? Não é servidor público. Não vou dar estabilidade para militante. É como nas Forças Armadas: é servidor do Estado", disse Guedes.

O fim da estabilidade para servidores fará parte da reforma administrativa, que ainda será enviada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. As novas regras afetarão apenas novos servidores. O vereador Isac Silveira (PCdoB) que é servidor público federal do INSS e defensor assíduo dos trabalhadores na Câmara Municipal de Aracaju, tratou do assunto na casa parlamentar. “Vejam que absurdo que disse esse senhor Paulo Guedes, que tem uma mente ditatorial: Dizer que servidor público não pode ser filiado a nenhum partido, é quebrar o conceito constitucional da liberdade de filiação, garantida no Artigo 5º da Constituição, dos direitos fundamentais do povo brasileiro”, frisou Isac.

O vereador ainda citou barbáries noticiadas pelo governo nos últimos dias. “É o filho de Bolsonaro falando sobre o AI-5, o próprio presidente falando sobre caçar concessões, e agora Guedes falando sobre a retirada de direitos dos servidores públicos. Vejam a mente que está gestando política neste país”. Além disso, uma das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) permite que, em situações de emergência fiscal, União, estados e municípios reduzam temporariamente a jornada de trabalho dos servidores em até 25%, com redução salarial equivalente. “O que nós entendemos de salário e o que está na Constituição é que ele é alimento, e o que esse Ministro está propondo é que o Trabalhador entre em estado de extrema pobreza”, declarou o parlamentar.