No Dia do Servidor Público, Ângela denuncia maldades de Bolsonaro, Belivaldo e Edvaldo contra servidores
“O que resta às servidoras e servidores públicos de Aracaju, de Sergipe e do Brasil é fazer do 28 de outubro um dia de reivindicação, já que os governos municipal, estadual e federal insistem numa política de desvalorização”.
Com esta afirmação, feita durante a sessão da Câmara Municipal de Aracaju desta quinta (28/10), a vereadora Professora Ângela Melo (PT) criticou a política do presidente Jair Bolsonaro, do governador Belivaldo Chagas e do prefeito Edvaldo Nogueira no que diz respeito às trabalhadoras e trabalhadores do serviço público.
“Uma prioridade que toda a população brasileira deve ter neste momento é a luta contra as privatizações de nossas empresas públicas e contra a PEC 32, que destrói o serviço público e fragiliza a garantia de direitos a todas as brasileiras e brasileiras”, enfatizou Ângela, fazendo referência a medidas propostas pelo Governo Federal.
Em âmbito estadual, a parlamentar repudiou, mais uma vez, a Reforma da Previdência, que tem penalizado todos os servidores e servidoras e, de uma forma ainda mais grave, as aposentadas e aposentados.
“Desde maio do ano passado, os servidores da administração estadual têm sofrido redução entre 1 e 14% das suas remunerações, numa reforma da previdência que atinge cerca de 50 mil servidores do Executivo, Judiciário e Legislativo de Sergipe, além do Ministério Público e do Tribunal de Contas. E o pior dessa maldade do governo Belivaldo é com os aposentados, que passaram a ser taxados com uma alíquota de 14¨% sobre os seus vencimentos”, enfatizou.
E em nível municipal, Ângela frisou que a situação não é diferente, sendo um dos principais exemplos a política de desvalorização do magistério. “A Prefeitura de Aracaju segue sem garantir a atualização do piso salarial das professoras e professores na carreira, conforme manda a lei, e opta por não realizar concurso público para a educação”, apontou.
É preciso combater mitos contra o serviço público
A parlamentar aproveitou a ocasião para desmentir inverdades que são difundidas sobre o serviço público no Brasil. “Diferente do que afirmam os privatistas, não há inchaço na máquina pública brasileira. Cerca de 12,1% da classe trabalhadora brasileira está no serviço público, sendo que a média mundial é de 18%. Mesmo países de forte tradição liberal têm maior percentual de servidores públicos que o Brasil, a exemplo dos EUA (15,2%) e Reino Unido (16.4%)”, disse.
Além disso, destacou Ângela, “na média, funcionários públicos brasileiros ganham 8% mais do que trabalhadores do setor privado que desempenham funções similares, segundo estudo do Banco Mundial. O número é relativamente baixo para padrões internacionais – nos 53 países pesquisados pelo órgão, a média do chamado prêmio salarial do setor público foi de 21%.”.
Professora Ângela Melo ressaltou ainda que “a realidade do serviço público no Brasil é completamente distinta da apresentada pelos apoiadores da Reforma Administrativa. A categoria de servidores públicos da União está sucateada, com salários congelados há mais de três anos. Nos níveis estaduais e municipais, a privatização e retirada de direitos trabalhistas ocorrem sem parar”.