"Mais Paulo Freire, menos hipocrisia!" Linda Brasil endossa a proposta do Ano Paulo Freire

por Anderson Muniz - Assessoria de Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 28/10/2024 15h09
"Mais Paulo Freire, menos hipocrisia!" Linda Brasil endossa a proposta do Ano Paulo Freire

Por Assessoria da Parlamentar

Na manhã desta quarta-feira, 10, a vereadora Linda Brasil (PSOL) parabenizou a vereadora Ângela Melo (PT), pela proposta do PL Nº 9/2021, que institui o ano de 2021 como o “Ano Educacional Paulo Freire”. A parlamentar reforçou a importância da homenagem à memória desse grande educador, Patrono da Educação Brasileira e referência em diversos países.

A vereadora falou da importância de uma educação que desperta o senso crítico e que nunca foi contra a família. Ressaltou que suas obras são fortes e ecoam, em mentes e corações, por dar voz aos(às) educandos(as) e às pessoas que são oprimidas. Como educadora, acrescenta a importância do legado deixado pelo educador, desde questões ligadas à educação de jovens e adultos (EJA), na alfabetização de pessoas ao redor do mundo e que permitiu que diversas pessoas que passaram por processos de exclusão e invisibilidade e antes não eram alfabetizadas, pudessem ter essa possibilidade.

“Ao propor uma pedagogia que inclua esses(as) excluídos(as), através da educação de jovens e adultos, foi possível transformar essa realidade, principalmente para aqueles(as) que acreditam em uma educação libertadora, transformadora e não uma educação que nos coloque em caixinhas, que nos aprisionam”, destacou.

Linda ressalta que é preciso ter cuidado com discursos que pregam inverdades, como é o caso das fake news sobre o desenvolvimento de uma “ideologia de gênero”, nas escolas, e a associação destas mentiras a Paulo Freire. “Isso não existe! As suas obras nos trazem estímulos a discussões importantes para que todas as pessoas possam crescer respeitando a diversidade, levando suas vivências e, a partir dessas partilhas, contribuir para diminuir o sofrimento de segmentos mais subalternizados.

Na ocasião, a vereadora lembra de sua trajetória enquanto estudante. “Eu fico feliz com essa proposta, lembro que vim estudar aqui aos 11 anos de idade, e a escola levava o nome de um ditador, que era Castelo Branco. Hoje, chama-se Escola de 1º e 2º graus Paulo Freire. Ele representa tudo isso: uma nova forma de pensar a educação, uma educação inclusiva e libertadora e que, apesar de algumas pessoas usarem o nome de Deus e da tradicional família brasileira para desmistificar a importância do trabalho de Paulo Freire para o Brasil e para o mundo, por mais que algumas pessoas distorçam sua memória, a gente vai seguir em frente, e suas obras vão perpetuar por anos e anos”, afirmou.