Luta pela agroecologia e alimentação saudável marca atuação de Camilo na CMA
O vereador Camilo Lula (PT) traz as lutas dos trabalhadores do campo para o seu mandato. Ele propôs a obrigatoriedade de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar da rede municipal de ensino.
O objetivo do projeto, de acordo com o parlamentar, é “priorizar a saúde e a educação das crianças, além de incentivar a produção de uma agricultura limpa e saudável”. Camilo explica que “as questões da alimentação e dos distúrbios alimentares refletem na saúde das crianças. Os hábitos alimentares que elas têm desde cedo determinam sua saúde no futuro. O que se investe em alimentação saudável, se economiza com remédios e tratamentos de saúde”, acrescentou o vereador, para além disto o projeto visa movimentar a cadeia produtiva da agroecologia e da produção de orgânicos o que vai fortalecer os trabalhadores da área.
Separação de resíduos
Camilo propôs também um projeto de lei que obriga estabelecimentos a separarem resíduos orgânicos para compostagem e reciclagem. Camilo defende que o meio ambiente saudável é um direito de todas as cidadãs e dos cidadãos. Esta propositura visa fortalecer, no âmbito municipal, os direitos e garantias assegurados ao meio ambiente e à toda a sociedade, levando em consideração que o meio ambiente saudável e equilibrado é direito de todos.
Quitéria da Silva, coordenadora da Cooperativa Reviravolta, que faz a coletas de lixo reciclável na cidade de Aracaju, parabenizou o vereador pela iniciativa. “Eu acho que a criação desse projeto de lei é uma iniciativa muito importante, porque esse material orgânico que não é reciclado é um material que pode sustentar famílias inteiras, é desse material que a nossa cooperativa tira o sustento, então é muito importante que essa lei seja aprovada e que entre em vigor.
Além do aspecto econômico, a separação e coleta para a reciclagem e compostagem contribui com a agroecologia, pois o resultados desses processos pode ser utilizado como adubo em hortas urbanas. Outro impacto importante, resultado dessa propositura, é que o material orgânico, quando mal descartado, causa mau cheiro e isso prejudica a saúde dos profissionais que trabalham com a coleta de lixo, com a destinação adequada o lixo não terá mais cheiro desagradável.
O engenheiro agrônomo Jorge Rabanal, consultor em agroecologia, explica que esse é um projeto que movimenta as cadeias produtivas em torno de um material que não é lixo. “Eu penso que esse projeto é um círculo virtuoso na pedagogia ambiental de Aracaju, é um projeto que, quando aprovado, vai transformar a vida de trabalhadores e de trabalhadoras que podem ter aí uma oportunidade de garantirem os seus sustentos, mas que nesse momento estão em situação de precariedade econômica. Portanto se trata de uma lei que vai trazer uma nova perspectiva para o descarte de um material que será reutilizado”, opina.
Semana da agroecologia
Promover a educação para uma alimentação mais saudável e sustentável através da conscientização, esse é o objetivo do projeto de lei protocolado pelo vereador Camilo que visa a instituição da Semana de Conscientização sobre Alimentação Orgânica e Agroecológica no âmbito do município de Aracaju.
De acordo com o projeto, a lei funcionará da seguinte forma: através da secretaria municipal da Educação, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) deverá promover debates, seminários e palestras para informar a sociedade acerca da importância de novas práticas alimentares, bem como incentivar mudanças ecológicas que visem à conservação do meio ambiente.
Essas atividades deverão ser realizadas em parceria com outras secretarias, movimentos sociais, assim como associações agrícolas, universidades e escolas. O vereador Camilo Lula fala que para ele a agroecologia lhe é muito cara e é uma bandeira que o seu mandato defende.
“Eu entendo que a educação é instrumento de transformação social, por isso esse projeto visa desenvolver ações nas escolas e bairros com a finalidade de estabelecer estratégias para mudanças das práticas alimentares e ambientais, pois a construção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado só é possível com a participação da coletividade”, opina o vereador Camilo.
O incentivo à alimentação orgânica e agroecológica não se limita somente às boas práticas de consumo, mas sim à reestruturação de todo um sistema escasso pela degradação do homem, uma vez que as práticas de produção orgânica incentivam a conservação e preservação ambiental além da redução dos poluentes que agridem imensamente o Meio Ambiente.