Lucas Aribé ministra oficina de Braille no município de Boquim

por Assessoria de Imprensa do parlamentar — publicado 01/08/2018 09h20, última modificação 01/08/2018 21h18
Lucas Aribé ministra oficina de Braille no município de Boquim

Foto: Assessoria do parlamentar

A dona Maria Verônica Esteves, 63 anos, perdeu a visão antes de completar dois anos de idade e com a ausência de recursos acessíveis nas escolas de sua cidade, nunca teve acesso à educação. Aos 54 anos, a moradora do município de Boquim, no centro-sul de Sergipe, decorou as letras do alfabeto em Braille com a ajuda de uma amiga, mas manteve vivo o desejo de aprender a escrita do sistema tátil. O sonho da dona Verônica foi realizado nesta segunda-feira, 30, durante uma oficina ministrada pelo vereador Lucas Aribé (PSB), no Departamento Cultural do Município.

“Eu sei que todos foram beneficiados, mas a maior de todas fui eu. Esse foi um momento muito importante para mim e, agora, com a máquina de escrita que Lucas me emprestou, vou poder me aperfeiçoar, por isso estou muito agradecida porque ele não mediu esforços para estar com a gente”, observa Maria Verônica, que no ano passado participou pela primeira vez da Rede de Leitura Inclusiva de Sergipe, atualmente composta pelos municípios de Boquim e Aracaju, a partir do incentivo da bibliotecária Maria Caitano de Lima Mota, diretora do Departamento Cultural boquinense.

Além de Verônica, um grupo de educadoras do Centro Especializado Laurinete Barbosa, que atende a crianças com diferentes tipos de deficiência, também participou da aprendizagem. “A ideia é ajudar esses profissionais em suas rotinas de trabalho, mas também fazer com que eles se tornem disseminadores”, explica Maria Caitano, destacando que a intenção do Departamento de Cultura é “garantir o acesso à leitura e ao conhecimento para todas as pessoas, sem distinção”.

Na capacitação, Lucas defendeu que mesmo com a expansão de tecnologias em smartphones e computadores, o braille é fundamental para as crianças que nascem cegas ou perdem a visão na primeira fase da infância, uma vez que, permite a representação do alfabeto, além de números e simbologias científicas, musicografia e informática. “A alfabetização acessível ainda não é uma realidade para todas as pessoas com deficiência, mas o braille nos ajuda a suprir o acesso à cultura e à maioria de informações visuais”, ressalta Aribé.