Linda cobra protocolo de combate à violência obstétrica e pela humanização no acolhimento de gestantes e bebês
A desigualdade de gênero no Brasil e no mundo, reflexo da cultura centralizada no homem, é uma realidade que tem tornado a vida das mulheres cada vez mais difícil. Segundo dados da Fiocruz, cerca de 45% das mulheres atendidas na rede pública do país, são vítimas que perdem seus bebês ou ficam com alguma lesão.
Além disso, diversos estudos apontam como os marcadores sociais (raça, gênero e sexualidade), podem interferir no maior ou menor grau de violência obstétrica sofrida pela pessoa gestante. Resultados do Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna do Brasil, subsidiado pelos dados do Ministério da Saúde, revelam que 61% das vítimas são mulheres negras.
Para pais que gestam, homens trans, os obstáculos diante da transfobia institucional são muitos, a violência ocorre desde o não respeito ao nome social, a identidade de gênero e que consequentemente também geram problemas para a criança.
Entendendo a importância de combater a violência obstétrica em Aracaju, a vereadora Linda Brasil (PSOL), protocolou uma indicação, solicitando à Administração Municipal que elabore e publicize, protocolo de combate à violência obstétrica e de humanização de acolhimento às gestantes e bebês. A propositura deverá ser lida em plenário nos próximos dias.
“É fundamental que enfrentemos à violência de gênero e suas diversas manifestações. Esse é o nosso papel como legisladoras/es. Precisamos lutar pela vida de todas as pessoas gestantes e garantir o direito à vida digna”, frisou.