Linda Brasil participa de audiência sobre saúde, democracia e políticas públicas
Na manhã desta segunda-feira. 11, a vereadora Linda Brasil (PSOL) participou da Audiência Pública “Saúde, democracia e políticas públicas”, realizada pela Câmara Municipal de Aracaju, através da solicitação da vereadora Ângela Melo.
Entre as/os debatedores/as estavam o advogado Ricardo Mesquita, ativista dos direitos das pessoas com deficiência e procurador da Fundação Hospitalar de Saúde, e Givalda Bento, coordenadora do Movimento Popular de Saúde e da Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde.
Para Givalda, o Sistema Único de Saúde foi uma vitória do povo brasileiro, dos movimentos sociais e das/os militantes sanitaristas. “É uma das principais políticas desse país, é um serviço que inclui, principalmente nas unidades básicas de saúde, e atualmente existe uma lacuna grande entre as unidades e as/os usuárias/os”, ressaltou.
A ativista ainda colocou a importância da valorização do SUS, e que a população deve utilizar essa política, porque ao não utilizar, corre-se o risco da privatização do SUS. Acrescentou a necessidade da implementação das práticas integrativas nas unidades de saúde, bem como a Farmácia Viva.
Ainda em sua fala, homenageou a ativista e fundadora do MOPS/SE, Simone Leite. “Simone Leite está presente, esse trabalho que inicia em 89, e ela foi uma das pessoas que acreditou que seria possível implementar as práticas integrativas no SUS. Trabalhar em educação e saúde popular não é fácil, ouvir a comunidade e reconstruir os saberes respeitando cada território”, concluiu.
Linda parabenizou a realização da audiência, reforçou que para o SUS ser de fato efetivado, os governos precisam ter compromisso. “Nós como legisladoras/es possamos cobrar dos gestores, deixo a minha indignação pela falta de representação das secretarias aqui. Audiência Pública é para que possamos trazer as demandas da população. A ausência dessas representações acaba prejudicando a finalidade, que é cobrar a implementação das políticas públicas de saúde”, cobrou.
A parlamentar se comprometeu em provocar a Comissão de Saúde, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Assistência Social, para que seja realizada uma audiência com órgãos e secretarias do município para discutir diretamente com representes da municipalidade.
A mandata apresentou um projeto de lei para implementação de Farmácia Viva, o PL foi rejeitado alegando que traria despesas e alguns aspectos de ordem técnica. A parlamentar está dialogando com movimentos voltados para a saúde popular para aperfeiçoar esta iniciativa. Também foi protocolado um PL para melhorar a Lei de Violência Obstétrica existente no município e outro para combater a Síndrome de Burnout.