Linda Brasil cobra que os direitos da categoria do magistério sejam respeitados
Na manhã desta quinta-feira, 23, a vereadora Linda Brasil (PSOL), ocupou o plenário para tratar de temas pertinentes à democracia, justiça e aos direitos humanos. Ela retomou a questão de desrespeito com a categoria do magistério estadual, com a aprovação de um Projeto de Lei que retrocede retirando direitos já conquistados pela categoria.
“ O descaso com a educação, principalmente a educação pública, que é uma garantia da constituição federal é triste. Hoje, mais uma vez, as professoras e professores fazem mobilização em frenta ao Palácio dos Despachos contra o desmonte dos direitos do magistério, que aconteceu nessa última terça-feira, quando alguns deputados/as votaram pela destruição da carreira das professoras e dos professores do estado de Sergipe, para atender a política neoliberal do governo de Belivaldo Chagas”, denunciou.
A parlamentar lamentou que a forma como a atuação política ocorre, por parte de muitas pessoas acabe sendo para atender interesses próprios e empresariais, de um sistema econômico e social que precisa ser superado. Ainda sobre as más decisões do Governo Estadual, a vereadora lamentou o projeto que desobriga o uso obrigatório das máscaras.
“Por fim, quero lamentar a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras, em um cenário em que a pandemia ainda não acabou”.
Preservação do meio ambiente
Linda expressou preocupação com as violações sofridas pelo meio ambiente, como poluição, desmatamento e exploração predatória, e tornando as populações que vivem desses espaços cada vez mais vulneráveis. Informou que amanhã, sexta-feira, às 8h da manhã, haverá um ato em Aracaju como parte de uma agenda global de mobilizações, quando movimentos ambientais e comunidades tradicionais realizarão a Greve Global pelo Clima, com o mote: Em defesa das comunidades tradicionais.
“A mobilização global é um chamado à sociedade para a construção de uma alternativa ao atual modelo de desenvolvimento socioeconômico que explora e destrói a natureza, destrói o modo de vida dos povos e comunidades tradicionais, e impacta a sobrevivência de toda a sociedade com as mudanças climáticas”, colocou.
A vereadora informou que o ato sairá da ponte do Bairro Industrial, por terra e também pelo rio, com a realização de uma “barqueata” em direção à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), quando será entregue um documento às autoridades públicas do Estado, elaborado por diversos movimentos, ambientalistas e comunidades tradicionais.
Pelo Direito à verdade e pelos Direitos Humanos
A parlamentar e militante, aproveitou para lembrar que nesta quinta, 24, é o Dia Internacional pelo Direito à Verdade sobre as Violações dos Direitos Humanos e pela Dignidade das Vítimas.
“Hoje é o Dia Internacional pelo Direito à Verdade sobre as Violações dos Direitos Humanos e pela Dignidade das Vítimas. Data reconhecida pela ONU em homenagem à luta do Monsenhor Óscar Arnulfo Romero, que denunciou casos de violações dos direitos humanos em El Salvador e foi assassinado em 24 de março de 1980”, informou.
Na ocasião, ressaltou que o reconhecimento, a justiça e a prevenção só podem começar com a descoberta e o reconhecimento dos fatos. Por isso, a verdade e fundamental para que haja justiça ou reparação.
“Aqui no Brasil, por causa desse governo, infelizmente o Brasil, ocupa o lugar do 4º país que mais mata defensores e defensoras dos direitos humanos no mundo. e que graças ao desgoverno Bolsonaro, tem o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) ameaçado. É o que aponta o relatório “Começo do fim”, das ONGs Terra de Direitos e Justiça Global”, acrescentou.
Linda citou o lema “eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”, tão enfatizado pelo movimento negro, para reforçar que os movimentos sociais continuarão resistindo às investidas de violações e retiradas de direito do atual governo.
Ao final, a vereadora falou sobre a importância daquele espaço no parlamento para abordar questões necessárias para a sociedade, e por isso, é preciso que os e as demais parlamentares possam ouvir e participar das discussões, que é através dessa troca que se avança com as demandas que a população traz. “Sem um debate, sem uma escuta, é muito difícil da gente compreender a importância de temas fundamentais para a população, como a questão dos direitos das professoras/es, da saúde, do meio ambiente”, concluiu.