Linda Brasil cobra políticas de melhorias de vida para a população: comida, creches e moradia

Na manhã desta quarta-feira, 09, a vereadora Linda Brasil (PSOL), foi ao grande expediente tratar de um grave assunto, o aumento do custo da cesta básica. A parlamentar informou que em Aracaju aumentou 6,23% em janeiro desse ano, ficando com valor médio de R$ 507,82, segundo uma análise realizada pelo Núcleo de Informações Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), com base nos dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

“Apesar do valor da cesta básica de Aracaju ser considerado o menor Brasil, é preciso chamar a atenção para o fato de que R$ 507,82 é um valor muito alto, ainda mais neste momento tão difícil que continuamos atravessando por conta da pandemia da covid-19, com desemprego em alta, fábricas deixando o país e um cenário econômico deteriorado por uma política que beneficia os mais ricos e empurra os mais pobres à miséria, cada vez mais. Nesse sentido, acredito que o nosso papel é debater iniciativas que fortaleçam uma rede de proteção social. Por isso falamos aqui, desde o ano passado, a urgência de políticas públicas municipais, estaduais e federais que atuem para evitar que mais pessoas passem fome”, ressaltou.

Linda destacou a urgência do prefeito iniciar um diálogo com o legislativo sobre a implementação da renda básica em Aracaju, inclusive para prevenir que o índice de Desenvolvimento Humano continue em queda. “Falo sobre esse tema, nesta casa, desde o ano passado, e de lá para cá a situação piorou muito. E repito, as obras são importantes, mas mais importante nesse momento é retirar os aracajuanos e aracajuanas da situação de fome e insegurança alimentar, é garantir emprego e redistribuir renda”, reforçou.

A parlamentar e militante aproveitou e falou sobre a importância da renovação política para a mudança na sociedade, como, por exemplo, mais mulheres na política. “Só vai renovar quando mais mulheres, sejam elas trans, cis, negras, empoderadas e conscientes do seu papel transformador nessas estruturas, como a política que é dominada por homens, brancos, héteros, os coronéis da política, espero que nas próximas eleições hajam mais mudanças significativas nas casas legislativas, e quiçá, no executivo”, acrescentou.

Mais creches

Aproveitando o gancho da luta por melhoria para a população, a parlamentar colocou a importância do aumento de creches, e que é necessário continuar cobrando da Secretaria Municipal de Educação que atenda essa demanda tão urgente para a classe trabalhadora.

“Ano passado conversamos com a secretária de Educação, Maria Cecília, sobre a situação das mães e pais do Bugio e da Zona de Expansão, que reivindicam a construção de creche e o aumento do número de vagas, mas até hoje nada foi feito. Na época a secretária e ela disse que já estava vendo um local para alugar nesses bairros. Colocamos as mães da região em contato direto com a secretária, porém nada avançou. Essa semana as mães entraram em contato, novamente, falando que até agora a Secretaria de Educação não apresentou nenhuma posição”, retomou.

Na oportunidade, a professora e vereadora Angela Melo (PT) pediu aparte e comentou a ausência de cuidadores para as crianças com deficiência física nas escolas, a vereadora Sheila Galba subscreveu o discurso de Ângela.

Ao final, a parlamentar relatou que esteve na Ocupação do Centro Administrativo, na companhia do deputado estadual Iran Barbosa (PT) e da professora Sônia Meire, e que está preocupada com a reintegração de posse. Ainda não houve diálogo com a gestão municipal. “Queria demonstrar minha solidariedade com as 86 famílias que moram lá há mais de 20 anos e, mesmo assim, sofrem com ameaça de reintegração de posse”, destacou.

A parlamentar avisou aos colegas que no próximo dia 10 de março acontecerá uma audiência no Tribunal de Justiça, no Gumersindo Bessa para tratar do assunto. “A audiência é para discutir a questão do terreno ali, porque o que se sabe é que o terreno é do Estado, sabemos que muitas vezes esses terrenos são cedidos para grandes construtoras, mas para quem precisa de moradia realmente, existe essa dificuldade. Eu fiquei e estou chocada porque as crianças e as famílias não conseguem dormir porque estão com medo. Então peço que vocês parlamentares também possam olhar para aquelas famílias localizadas na Ocupação ali no Bairro Capucho”, explicou.