Linda Brasil cobra a implementação do ambulatório trans

por Laila Oliveira, Assessoria Imprensa da parlamentar — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 15h20
Linda Brasil cobra a implementação do ambulatório trans

Foto: Gilton Rosas

Na manhã desta quarta-feira, 13, a vereadora Linda Brasil (PSOL) ocupou o pequeno expediente e avaliou que a audiência com a secretária municipal de saúde, Waneska Barbosa, ocorrida na Câmara Municipal de Aracaju não conseguiu dirimir questões urgentes que foram colocadas e continuam sem respostas, como o ambulatório trans.

“Mais uma vez de forma evasiva ela responde distorcendo a realidade, principalmente no que se refere ao ambulatório trans, a meta é fortalecer todas as Unidades Básicas de Saúde, capacitar e isso é uma questão de longo prazo. Mas o que a gente quer e que já é política de Estado, garantido por portaria nacional. Queremos, é que haja um local de referência. Pessoas trans morrem por falta de um acolhimento, elas deixam de ir em UBS por conta do desrespeito ao nome social, por causa da ironia. Muitas acabam se auto medicando, então, não se trata de querer segregar ou buscar privilégio, é sobre sobrevivência, porque a expectativa de vida de pessoas trans é de 35 anos”, relatou.

A parlamentar acrescentou que uma emenda, de sua autoria aprovada na LOA, foi formulada justamente para viabilizar a implementação da política pública, então é urgente que a gestão possa levar a sério esse pleito, e que é uma demanda histórica dos movimentos LGBTQIA+.

Nova variante

Linda, aproveito também para, informar que o superintendente do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), Cliomar Alves, confirmou ontem a circulação de três novas subvariantes da ômicron. Estou muito preocupada porque as subvariantes têm características de ser mais transmissíveis. É um alerta para as pessoas que estão nos grupos vulneráveis e para as que não são vacinadas. “É importante que todas as pessoas que já estão aptas, tomem a 4ª dose da vacina”, pontuou.

32 anos do ECA

A vereadora lembrou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 32 anos. O conjunto de leis foi criado dois anos depois da Constituição de 1988 para defender os direitos das crianças e dos adolescentes, tais como saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, cultura, respeito e liberdade.

“Aproveitando a data, valorizamos a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente, por meio do qual são estabelecidos os fundamentos para criar, manter e aprimorar as políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes”, frisou.

Linda trouxe dados preocupantes, que mais de 35,7 mil crianças e adolescentes até 13 anos foram estupradas no Brasil em 2021, mais da metade dos casos de estupro registrados no Brasil em 2021. “Precisamos proteger as nossas crianças e adolescentes e isso também passa por valorizar os conselheiros e conselheiras titulares, que são a linha de frente dessa proteção”, ressaltou.