Kitty Lima recebe categorias da saúde que pleiteiam junto à PMA equiparação salarial
A vereadora Kitty Lima (Rede) recebeu um grupo de representantes de seis categorias da saúde que pleiteiam, junto à Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), equiparação salarial. Farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, servidores do município desde 2004, vêm pleiteando, sem sucesso, a equiparação salarial com os assistentes sociais há 14 anos, e buscaram em Kitty Lima apoio para o atendimento à reivindicação.
De acordo com o grupo, a diferença na base salarial com os assistentes sociais é de cerca de R$ 1 mil devido à mudança de nível obtida por esses profissionais. “Os assistentes sociais estavam na mesma tabela salarial que a nossa. Na época, em 2004, o Conselho deles conseguiu junto a prefeitura a mudança de nível, elevando o salário base da categoria. O que nós queremos agora é equiparar nossos salários base ao desses profissionais, já que eles possuem a mesma carga horária e afazeres que nós. Todas as categorias têm a sua importância na área de atuação no município, por isso achamos justo que todos recebam o mesmo salário”, pontuou a representante do Sindicato dos Psicólogos do Estado de Sergipe, Inês Santana.
Kitty demonstrou apoio aos profissionais ao entender que a reivindicação é legítima e visa apenas a valorização adequada das categorias que atuam em benefício da população. “Eles estão lutando apenas por um direito que deveria estar sendo respeitado. Por que uma categoria que era do mesmo nível conseguiu subir de nível e eles não podem? É um pleito legítimo e eu demostrei o meio apoio total a essa questão. Tentarei intermediar da melhor forma possível um diálogo com a prefeitura, apesar da grande dificuldade que eu tenho em conseguir agenda com o prefeito Edvaldo Nogueira e com seu secretariado, e faço questão de expor essa situação na Câmara com o fim do recesso. São profissionais de extrema importância para a saúde pública que precisam ser respeitados”, disse a vereadora.
Durante o encontro, os representantes lamentaram o jogo de empurra- empurra que a PMA vem fazendo para não atender a demanda. “Na última campanha eleitoral o prefeito Edvaldo Nogueira prometeu que iria rever a nossa situação e nos disse que não achava justa essa diferença. Assim que assumiu a gestão, tentamos sentar com ele para continuar o diálogo, mas não fomos mais recebidos. Depois de muito insistir, em junho do ano passado conseguimos uma reunião com os secretários da Saúde, Finanças e Planejamento, para quem explicamos toda a problemática sobre a disparidade salarial e por ser injusto algumas categorias receberem menos que outra. Eles simplesmente disseram que não tinham condições de atender o nosso pedido”, relembrou Inês.
Os profissionais contaram ainda que foram recebidos pelo secretário de Finanças, Jeferson Passos, em maio desse ano, para um novo diálogo sobre o assunto. Eles alegam que o secretário teria agido de forma rude e humilhado os trabalhadores. “Levamos uma proposta para ser analisada por uma comissão da prefeitura, inclusive com um estudo de impacto. Durante a reunião, Jeferson Passos disse que não tinha condições de dar o reajuste para nós, e apesar de sabermos das dificuldades financeiras do município, deixamos claro que estávamos ali para dialogar e aberto a uma negociação. Foi então que o secretário voltou a dizer que não teria dinheiro para dar e que mesmo que tivesse não daria o reajuste aos profissionais. Nos sentimos humilhados”, lamentou Inês Santana.
Para Kitty Lima, o canal de diálogo entre os servidores e a gestão municipal deve ser baseado no respeito mútuo, e lamentou o episódio com o secretário Jeferson Passos. “É triste ver que a gestão de Edvaldo Nogueira não valoriza seus profissionais. Essa situação foi um absurdo. Os servidores são responsáveis por todo funcionamento da engrenagem que é a máquina pública, e a valorização deles é fundamental. Eu entendo isso, a população com certeza também entende, e nada mais justo do que ajudarmos da melhor forma esses profissionais”, reforçou Kitty.
Na próxima segunda-feira, 9, representante das seis categorias irão se reunir em assembleia para definir os próximos passos a serem adotados para o atendimento ao pleito.