Kitty cobra da SMS oferta do Petscan aos pacientes oncológicos
A secretária Municipal de Saúde, Waneska Barboza, esteve nesta quinta-feira, 24, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para apresentar o relatório do 1ª quadrimestre de 2017. Entre os assuntos abordados durante o pronunciamento, a secretária destacou a queda de quase R$ 20 mi na receita enviada pelo Governo Federal em relação ao mesmo período de 2016.
A vereadora Kitty Lima (REDE) questionou a gestora da Saúde sobre a oferta do Petscan, exame que permite um diagnóstico ainda mais precoce do câncer e que auxilia no tratamento da doença. A melhoria do serviço oncológico é uma das frentes de trabalho de Kitty em prol dos pacientes que estão no combate à doença, por isso a parlamentar quis saber de Barboza se a pasta está viabilizando algum convênio para a oferta do exame. “Fiquei bastante feliz em saber da Waneska que o Estado está preparando uma parceria com uma clínica particular para que o exame seja oferecido a essas pessoas que lutam diariamente contra o câncer e que sofrem pela impossibilidade de realizarem esse exame em Sergipe. Sou bastante sensível a esta causa e já me coloquei à disposição para ajudar de qualquer forma a concretizar esse acordo”, comemorou.
Kitty cobrou ainda da secretária dados referentes ao Hospital de Cirurgia, principalmente os que se refere à estabilização da situação financeira da unidade. “Hoje nós temos um contrato com o Hospital de Cirurgia na faixa de R$ 6 mi, sendo que desse total, R$ 4 mi é oriundo de verba federal. A portaria nº 3410 do Ministério da Saúde, que versa sobre contratação de hospitais filantrópicos, coloca que o município deve fazer avaliações, divididas em percentuais de indicadores qualitativos e quantitativos. Quando a gente exige a oferta do hospital de cirurgia ele nunca cumpre com a oferta mínima que a gente precisa para a população, então a gente paga de acordo com o que é feito, afinal, eu não posso pagar cheio quando eu tenho uma produção menor que 70%”, explicou.
A gestora da pasta disse também que o Cirurgia é um hospital de alta complexidade e que ele é a única unidade de saúde habilitada para a maioria dos procedimentos da alta complexidade da rede de Saúde do município. “Isso faz com que a gestão fique presa ao hospital. Por exemplo, procedimento de alta complexidade cardiovascular só tem o Cirurgia. Para fazer esse procedimento em outro local eu preciso entrar com recursos próprios e, para receber do Ministério da Saúde esse valor gasto, eu tenho que estar com esta unidade também habilitada”, pontuou Barboza, revelando ainda outro entrave sobre a regulação dos procedimentos.
“Desde o início do ano estamos trabalhando para trazer essas filas para responsabilidade da gestão para que a gente possa, de forma transparente, utilizar critérios técnicos para dizer que um paciente tem maior necessidade do procedimento do que outro. O problema é que estamos encontrando muita resistência do próprio hospital e, principalmente, dos profissionais para realizar essa mudança. Nós temos uma ação civil para colocar a fila de neurocirurgia na regulação e até o momento não conseguimos porque nem o hospital e nem os profissionais nos enviam as agendas dos procedimentos”, esclareceu.
Para Kitty, o impasse traz apenas prejuízos à população que já sofre com um serviço público de saúde deficiente. “É uma pena ouvir todos esses problemas burocráticos e saber que, enquanto isso, diversas pessoas estão sofrendo para serem atendidas em hospitais e postos de saúde, e sofrem até mesmo dentro das unidades esperando vagas em leito e por procedimentos. Infelizmente a população é quem na verdade paga por essa conta”, lamentou a vereadora.