Isac defende trabalho dos carroceiros e espera que Emendas sejam apresentadas para que Projeto seja aprovado
Dezenas de carroceiros ocuparam a Rua Itabaiana, em frente à Câmara Municipal de Aracaju (CMA), no Centro da cidade, para protestar contra o Projeto de Lei, da Vereadora Kitty Lima (Rede), que cria o Programa de redução gradativa do número de veículos de tração animal e veículos de propulsão humana. Quando soube do ato, o vereador Isac Silveira (PCdoB) foi até os manifestantes e conversou com todos. “O projeto que aqui está sendo discutido tem áreas complicadas e áreas que avançam. A gente não pode chegar e proibir o uso das carroças. Eu sou contra. Agora se houver uma proposta e vocês avaliarem ela como sendo vantajosa, aí dou meu apoio”, disse o vereador.
Durante o discurso, Isac deixou claro que não vota contra o trabalhador. “Não votarei para vocês passarem fome, ou criminalizar, porque Aracaju foi construída por carroceiros, não havia caminhão aqui nas décadas de 50, 60 e até 70. Quem construiu essa cidade foram vocês. Só vamos votar nesta casa, se tiver uma proposta concreta para este assunto. Sendo assim, muito bem, fora isso não votarei”, explicou o parlamentar.
Seu Manoelito Rocha, que trabalha como carroceiro há 20 anos, participou do ato e deixou claro que se as carroças forem proibidas, muitos homens não terão condições de sustentar suas famílias. “Não podem acabar com as carroças. Vou fazer o que se elas forem proibidas? Tenho três filhos, pago pensão, e tenho outra família. Sou analfabeto, não tenho estudo, não sei ler, vou fazer o que? Ficar sem emprego?”, questionou o carroceiro.
O debate sobre este assunto também foi levado à Comissão de Direitos dos Animais da OAB/SE, no fim do mês passado, e o vereador Isac fez questão de participar das discussões. Durante o debate, emitiu a mesma opinião que expôs aos carroceiros, que jamais votaria em qualquer projeto que fosse contra o trabalhador, e pediu que a presidente da Comissão, a advogada Renata Mezzarano fizesse propostas que fossem benéficas para ambos os lados, no Projeto de Lei 106/2017.