Isac cobra debate para construir medidas eficazes de segurança no espaço escolar

Há 12 anos um massacre no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, chocou o país e, o que era algo fora de comum no Brasil tem tomado os noticiários e assustado toda sociedade. O número de casos similares nos últimos anos tem exigido a atenção das autoridades, pais, professores e até de pesquisadores que buscam caminhos para enfrentar esse cenário que, de acordo com dados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desde 2002 foram registradas 22 ocorrências, com 30 pessoas mortas. Do total desses casos, 13 aconteceram nos últimos dois anos. 

Frente à disseminação de ameaças de massacre em escola de Aracaju, resultando em um sinal de alerta para todas as autoridades, há um crescimento da preocupação sobre medidas eficazes de segurança no espaço escolar. Aflição que reverberou, o vereador Isac Silveira (PDT), que utilizou o Pequeno Expediente durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para tratar do assunto. Demonstrando sentimento de preocupação e de insegurança, e relatando temor, Isac demonstrou sensibilidade diante de uma série de boatos anunciando novos ataques, que tomou conta das redes sociais esta semana.  

“Precisamos agir”, exclama o vereador, “a presença da guarda municipal é nosso melhor elemento por apresentar um caráter menos opressor, o que é imprescindível para estar nas escolas”. Isac também expressa inquietação com a construção pedagógica das ações de segurança nas unidades escolares e continua afirmando que “é preciso construir alternativas e ampliar o debate nesta Casa”. 

A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) divulgou a criação de um Grupo de Trabalho para monitorar 24 horas os anúncios de ataques nas redes sociais a escolas de todo estado. O Grupo de Trabalho relatou que a agência está se dando de forma integrada, a partir das secretarias de Segurança Pública através das Polícias Militar e Civil e da de Educação, e que os protocolos de segurança são de serventia tanto para as escolas públicas quanto para as escolas particulares. 

Para o vereador, portanto, é preciso ampliar o debate com a finalidade de construir um aparato pedagógico que proporcione tanto a segurança escolar quanto a certeza que será uma medida de policiamento eficaz e compatível com o caráter educacional da escola, não tornando o ambiente escolar hostil e repressor, mas acolhedor e construtivo para a vida harmônica em sociedade como deve ser.