Iran Barbosa alerta para os perigos do fim do Ministério do Trabalho
Após o anúncio da extinção do Ministério do Trabalho, na estrutura do próximo Governo Federal, o vereador Iran Barbosa, do PT, lamentou e repudiou veementemente a medida. Para Iran, o fim dessa pasta reforça a precarização das garantias dos direitos trabalhistas conquistados a ‘duras penas’.Na Câmara Municipal de Aracaju, nesta quinta-feira, 8, o assunto foi abordado pelo parlamentar, que afirmou que os trabalhadores, nos últimos dois anos, têm sido penalizados por medidas ofensivas aos seus direitos.
“A extinção do Ministério do Trabalho já foi confirmada pelo presidente eleito. Há movimentos, também, com vistas à extinção da Justiça do Trabalho. Estamos, portanto, diante de um cenário de terra arrasada no que diz respeito à garantia dos direitos dos trabalhadores, o que terá consequências desastrosas para a maioria da população”, afirmou Iran.
Durante o seu discurso, o parlamentar fez um resgaste histórico, lembrando que o Ministério do Trabalho foi criado em 1930 por Getúlio Vargas e, prestes a completar 88 anos, deixará de existir.
Ainda segundo o vereador, o Ministério é responsável pela gestão de dois importantes fundos, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e a sua criação se configurou como uma conquista histórica das lutas sindicais que ocorreram no início do século passado e representa uma tentativa de equilíbrio nas injustas relações sociais entre o capital e o trabalho.
“O anúncio do seu fim é, também, o anúncio do reforço da barbárie nessas relações. O Brasil enfrenta um desemprego desenfreado, o desmonte dos direitos trabalhistas, o achatamento dos salários, denúncias de existência de trabalho escravo e a alternativa que o futuro governo apresenta para essa situação é, ironicamente, a extinção do Ministério do Trabalho”, criticou.
“Quero refutar, repudiar e pensar que é possível, ainda, reverter essa ideia. Precisamos garantir que os direitos dos trabalhadores e das organizações trabalhistas sejam preservados em um país que é sustentado pela riqueza produzida pela classe trabalhadora brasileira”, defendeu Iran Barbosa.