Iran alerta para redução de vagas no ensino fundamental
O vereador Iran Barbosa (PT) fez uma análise da política educacional que tem sido adotada pelo governo do Estado de Sergipe e que interferirá nos municípios sergipanos. No Parlamento Municipal, nesta terça-feira, 10, Iran Barbosa mostrou-se preocupado com as consequências da política de desresponsabilização do Governo do Estado com a oferta do Ensino Fundamental para o povo de Sergipe.
"A legislação nacional determina que a responsabilidade da oferta desse nível de ensino é partilhada entre os Estados e os Municípios. Na medida em que o Governo do Estado resolve que as escolas estaduais reduzirão seu atendimento ou não mais oferecerão o Ensino Fundamental, as escolas municipais vão ficar sobrecarregadas, o que refletirá na qualidade da educação, pois os Municípios não estão financeiramente e estruturalmente preparados para assumir, sozinhos, essa responsabilidade, que deve ser partilhada, de acordo com a Lei, com o Estado”, analisou o parlamentar.
Ainda segundo Iran, um dos motivos que está levando ao fechamento das vagas de Ensino Fundamental nas escolas estaduais é a implantação autoritária da política de Ensino Médio Integral por parte da Secretaria de Estado da Educação.
“Há um discurso sedutor formulado pela Secretaria e uma política de marketing muito bem montada em torno dessa proposta, mas a realidade é que não há estrutura adequada em nossas escolas para implementar a política do Ensino Médio Integral”, afirmou Iran.
Reforma do Ensino Médio
Para debater a Reforma do Ensino Médio imposta pelos governos federal e estadual, o vereador esteve ontem, 9, em Boquim, no Colégio Estadual Cleonice Soares Fonseca e discutiu o assunto com a comunidade escolar.
“Há uma mobilização nessa Unidade de Ensino para resistir à imposição da Secretaria de Educação, que age sem ouvir alunos, professores, funcionários e pais de alunos”, pontuou Iran.
O parlamentar alertou para o fato de que essa ação da Secretaria de Estado da Educação desconsidera a opinião dos principais interessados na escola, reduz o número de vagas oferecidas na Unidade de Ensino e fecha matrículas do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos.
Além disso, desconsidera as expectativas dos jovens, fecha o atendimento nos turnos noturnos das escolas, transfere a responsabilidade do atendimento no ensino fundamental para os Municípios e ilude os alunos com uma promessa de escola que na prática não existe.