Início do Julgamento do caso Genivaldo é destacado pela vereadora Sonia Meire

por Manuella Miranda- Assessoria de Imprensa Parlamentar — publicado 26/11/2024 15h15, última modificação 26/11/2024 15h15
Início do Julgamento do caso Genivaldo  é destacado pela vereadora Sonia Meire

Foto: Gilton Rosas

Foi iniciado, nesta terça-feira (26), o júri popular dos três ex-policiais rodoviários federais acusados do homicídio de Genivaldo de Jesus Santos. A vereadora Sonia Meire (Psol) utilizou a tribuna na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) para falar sobre o tema. Genivaldo foi morto durante uma abordagem policial no município de Umbaúba, ao ser trancado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogênio. Os acusados Paulo Rodolpho Lima, Kleber Nascimento e William de Barros respondem por crime de tortura e homicídio triplamente qualificado, estando presos desde outubro de 2022. Os ex-agentes foram demitidos em agosto de 2023.

 
“Sob nosso pedido,  a sessão de hoje foi intitulada Genivaldo de Jesus Santos, porque hoje é o início do júri popular dos três exs agentes da PRF que tiraram a vida de Genivaldo em 2022. O julgamento poderá se estender para os próximos dias dependendo da dinâmica. Nós estivemos ontem na cidade de Estância dando entrevista em uma rádio, e pedimos que a população acolha as pessoas e a família que chegariam hoje na cidade para o júri. Minha solidariedade à mãe de Genivaldo, as irmãs, esposa e ao seu filho. É lamentável, e só chegamos ao júri porque houve uma filmagem do fato, do processo de tortura e seu assassinato no camburão de um veículo”, disse Sonia Meire.
 
O júri está composto por quatro homens e três mulheres, e pode ter a duração de até sete dias. O julgamento está acontecendo no município de Estância e sendo presidido pelo juiz federal Rafael Soares, da 7º Vara Federal de Sergipe. A imprensa está limitida, com sorteios diários de cinco profissionais de comunicação podendo acompanhar, e está proibido o uso de gravadores, câmeras e microfones.
 
“Esse crime não só tirou a vida de Genivaldo, mas ele tem se repetido na nossa sociedade em diversos lugares do Brasil. Isso faz parte de um modus operandi, de uma deformação de um modelo de segurança pública baseado no militarismo. Baseado na ideia de uma concepção militar que prepara as pessoas o tempo inteiro como se elas estivessem em estado de guerra. E é sobre isso que nós precisamos continuar combatendo. Por isso não podemos silenciar”, finalizou a vereadora.