Especialistas debatem sobre o impacto emocional da pandemia no ambiente de trabalho

por Danilo Cardoso — publicado 19/04/2021 17h05, última modificação 19/04/2021 21h49
Especialistas debatem sobre o impacto emocional da pandemia no ambiente de trabalho

Foto: Ascom CMA

O impacto emocional da pandemia no ambiente de trabalho foi o tema da palestra virtual desta segunda-feira, 19, organizada pela Escola do Legislativo Profª Neuzice Barreto de Lima, vinculada à Câmara Municipal de Aracaju.

Para debater sobre o tema, foram convidadas três especialistas: a doutora e mestre em psicologia social, especialista em psicologia organizações e trabalho, a Dra. Lidiane dos Anjos; a farmacêutica na área comercial em uma rede nacional de farmácia, Polyana Santos de Rezende; e da técnica em enfermagem que atua na linha de frente da Covid-19, Elicelma Alves.

Para doutora em psicologia social, Lidiane dos Anjos, a relação do trabalhador, empresa e a casa está influenciando no convívio familiar. “Não existe esta história que estamos no mesmo barco na pandemia, porque tem gente nadando e outros de iate navegando tranquilamente. Enfrentar a pandemia e criar campanhas de sensibilização da população para evitar o avanço da Covid-19. Não temos mais hora para trabalhar”, destacou a especialista.

A farmacêutica Polyana Rezende destacou a rotina de trabalho e as mudanças do comportamento dos funcionários e clientes. “Primeiramente criamos uma rede de apoio com os funcionários motivando a equipe a se colocar no lugar do outro. Nossa equipe está cansada e com medo. Não é fácil você estar no atendimento e uma pessoa entrar na farmácia apenas para comprar um bronzeador. O impacto da pandemia nas farmácias cresceu em 50%, com pessoas que estão comprando medicamentos por conta própria, que muitas das vezes são indicados por vizinhos e amigos”, revelou.

A técnica de enfermagem e estudante de psicologia, Elicelma Alves, mostrou um pouco de como a pandemia afetou os profissionais de saúde. “Tudo que a televisão e os veículos de comunicação mostram é a realidade dos profissionais, só que com a pandemia multiplicou em cinco vezes. Nossa vivência é medicar, cuidar e quando a gente acha que está tudo bem, muda e temos que começar tudo de novo. Esta é nossa realidade. Neste ano de pandemia, mudou a concepção dos profissionais”.