Emília Correa lamenta na Alese o baixo número de cargos eletivos ocupados por mulheres
A defensora pública e vereadora, Emília Correa (PEN), foi a palestrante na sessão especial para a mulher, realizada na manhã desta quarta-feira, 8 no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe, pela Frente Parlamentar em Defesa da Mulher. Ela ressaltou, entre outros pontos, o baixo número de cargos eletivos ocupados.
“Por que nos momentos eletivos as mulheres não chegam como os homens, se elas são maiorias? Não está batendo esse dado. Maioria como eleitora, como gênero e não consegue chegar exatamente aonde ela pode representar as mulheres e a sociedade. Claro, nem todas têm a vontade, o dom, mas tenho certeza que muitas estão preparadas, mas não conseguem porque precisamos estabelecer um percentual obrigatório da presença de mulheres, quando não deveria ter absolutamente nada disso. Apenas para obrigar e fazer de conta que as mulheres estão participando e tem que ter 30% de mulheres”, lamenta.
Emília lembrou que a estatística diz que apenas 9,9% das câmaras municipais do país são ocupadas por mulheres. “As mulheres ocupam apenas 9,9% nas Câmaras e no Senado 16%. Quando necessitam adentrar em instituições por concursos, como o Poder Judiciário, Defensoria Pública e Ministério Público elas chegam e são maiorias porque estão preparadas. Que essa competência, dedicação e responsabilidade estejam também no cenário político no Brasil”, enfatiza.
“Aqui são quatro deputadas e devemos puxar mais mulheres. Muitas vezes as próprias mulheres não votam em mulheres, são críticas. Padrão de beleza não é necessário para as Câmaras, nem para o Senado e tampouco para o Executivo desse país. Se a mulher se exalta é louca, o homem quando grita é corajoso. A minha presença nessa Casa hoje me honra muito e eu quero dizer que só tive coragem, desafio. Não tenham medo, sejam determinadas, disciplinadas”, completa.