Em Tribuna Livre, moradores do bairro Japãozinho solicitam apoio dos vereadores

por Agência Câmara Aracaju — publicado 28/10/2024 07h00, última modificação 04/11/2024 15h20
Em Tribuna Livre, moradores do bairro Japãozinho solicitam apoio dos vereadores

Foto: Gilton Rosas

Na manhã desta terça-feira, 13, a Assistente Social, Diretora de Assuntos das Mulheres e Representante da FEAC- AJU, Adriana Oliveira, usou a Tribuna para falar sobre a situação da rua Eduardo Bonfim, Ponta da Asa, no bairro Japãozinho. A representante informou que os moradores foram notificados, no dia 12 de maio, com uma ordem de despejo para as 210 casas construídas na região.

Adriana contou que a notificação deixou os moradores desesperados com a situação,  "sem chão" e dominados pelo sentimento do medo de perderem as moradias, que foram construídas com muito esforço e sacrifício. A assistente também acrescentou que é filha de professora aposentada, nasceu e cresceu no bairro Japãozinho , com muita honra e dignidade.

A representante agradeceu o apoio do vereador Professor Bittencourt, que abriu espaço no Plenário para essa problemática e também se somou a causa, solidarizando- se com a situação dos moradores. O parlamentar colocou  à disposição dos moradores da rua Eduardo Bonfim toda a sua assessoria jurídica.

A Assistente Social pediu o apoio de todos os vereadores presentes para se somarem à causa e informou que o auxílio moradia de 300 reais não irá resolver o problema desses moradores. “Essas famílias , que cá estão, precisam do apoio e carinho dos vereadores”, acrescentou a representante.

Adriana criou uma comissão para tentar revogar a ordem de serviço do Ministério Público Federal e questiona a decisão de “Por que só agora o Ministério Público Federal está dizendo que é área de risco? Todas as casas de alvenaria, rua pavimentada, rede de esgoto. Existem casas praticamente dentro do mangue, mas por que somente as casas dos moradores da rua Eduardo Bonfim serão demolidas?”

A representante pediu que todos os outros 23 vereadores se juntem ao vereador Professor Bittencourt e visitem a comunidade, em especial, a rua Eduardo Bonfim. Ela acredita que a comunidade irá vencer essa luta com o apoio da Prefeitura de Aracaju e dos 24 parlamentares. “Queremos dignidade, porque as casas foram construídas com muita dignidade” finaliza a representante.

Aparte

O líder da bancada da situação, Professor Bittencourt (PDT), disse que ficou espantando com a notícia da demolição e que está fazendo o que está  ao seu alcance para contornar essa situação. “São 210 famílias completamente desesperadas. Eu fiz o que todos os vereadores fariam, me coloquei  à disposição. Se o propósito do Ministério Público é preservar o meio ambiente, essa ação não irá levar a isso”. Bittencourt sugeriu uma regularização fundiária da área. Fábio Meireles acrescenta que já existe uma ação da Prefeitura de Aracaju e que essa comunidade pode contar com cada um dos vereadores.

Linda Brasil (PSOL) falou que a especulação imobiliária é um obstáculo no direito à moradia dessas pessoas no Japãozinho e colocou à disposição a sua assessoria jurídica. A parlamentar Professa Ângela (PT) afirmou que a questão fundiária, em Aracaju, está com vários problemas e diz que a luta por moradia digna na capital é constante. Já Emília Corrêa (Republicano), lamentou que os moradores estejam passando por essa situação e que a prefeitura precisa interferir nessa questão.  

Preocupados com a situação, os vereadores Ricardo Marques (Cidadania) e Sheyla Galba (Cidadania) também se colocaram à disposição dos moradores da rua Eduardo Bonfim. No mesmo sentido, Breno Garibalde (União Brasil)  se disponibilizou como arquiteto, para como profissional, realizar a regularização fundiária daquela área e preservar a dignidade humana.

Por fim, Soneca (PSD) afirmou que moradia é um direito e um dever do poder público. "Os menos favorecidos não têm vez no Brasil e que as grandes construtoras destroem famílias", ressaltou.